7,1%
Segundo pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), o Índice de Confiança do Consumidor Fortaleza teve nova queda de 7,1% em julho, passando de 101,2 pontos, em junho, para 94,0 pontos neste mês. O ICC atingiu, pela quarta vez consecutiva, a menor taxa do histórico da pesquisa, iniciada em 2009, entrando na faixa que indica pessimismo por parte do consumidor.
A queda do ICC decorreu da redução do Índice de Situação Presente, de 5,4%, passando de 98,9 pontos para 93,6 pontos, reafirmando o sentimento de pessimismo iniciado no último mês de maio. O Índice de Situação Futura também teve queda, mais forte, de 8,1%, atingindo o patamar de 94,4 pontos, como pode ser visto na tabela a seguir:
Índice
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Valor mensal - em pontos
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Média do Trimestre
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Mai
|
Jun
|
Jul
| ||
ICC
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104,8
|
101,2
|
94,0
|
100,0
|
ISP
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108,6
|
98,9
|
93,6
|
100,4
|
IEF
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102,3
|
102,6
|
94,4
|
99,8
|
Fonte: Pesquisa Direta Fecomércio/IPDC
Pretensão de compra
Apesar da queda no Índice de Confiança, a taxa de pretensão de compras teve aumento de 1,1 pontos percentuais, passando de 37,1%, em junho, para 38,2% neste mês. Esse percentual também supera o resultado do mesmo indicador em julho do ano passado, de 36,1%, sugerindo que as férias escolares poderão movimentar o varejo em Fortaleza.
O valor médio das compras é estimado em R$ 295,44 e a intenção de compra mostra-se mais vigorosa para os consumidores do sexo masculino (38,7%), do grupo com idade entre 18 e 24 anos (56,3%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (40,6%). Os produtos mais procurados são: Artigos de vestuário, citados por 22,5% dos entrevistados; Televisores (15,9%); Móveis e artigos de decoração (15,5%); Aparelhos de telefonia celular (14,7%); Calçados (13,8%); Fogão (6,8%); Geladeira e Refrigeradores (6,8%) e Máquina de Lavar Roupa (6,5%).
Expectativa dos consumidores
Apenas 35,4% dos consumidores consideram o momento atual ótimo ou bom para a compra de bens duráveis, confirmando a piora das expectativas, já que em junho o mesmo indicador era de 42,7%. Dentre os que demonstraram maior disposição para consumo, destacam-se os consumidores do sexo masculino (37,7%), do grupo com idade entre 18 e 24 anos (37,9%) e com renda familiar acima de dez salários mínimos (54,4%). Registre-se que, pela primeira vez desde que a pesquisa é realizada, o percentual de consumidores que consideram o momento ruim para compras é majoritário, com 44,4% das respostas.
A pesquisa também revela que 60,2% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 73,0% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.
O consumidor de Fortaleza tem mostrado preocupações com a situação econômica nacional, com 72,4% dos entrevistados descrevendo-a como ruim ou péssima. Esse sentimento recebe influências da aceleração da inflação, do aumento dos juros e da percepção de relativa piora no mercado de trabalho trazendo expectativas negativas para o ambiente econômico dos próximos meses.
Índice de Confiança do Consumidor
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é uma medida sintética de indicadores da percepção do consumidor quanto à sua situação econômica, composto do Índice da Situação Presente (ISP) e Índice das Expectativas Futuras (IEF). O ICC funciona, portanto, como um indicador do potencial de consumo, baseado na opinião dos próprios consumidores.
O índice varia no intervalo de 0 a 200, sendo o índice 100 a fronteira entre a situação de pessimismo (abaixo desse valor) e otimismo (acima desse valor). O índice zero denotaria a situação de total pessimismo, enquanto 200 pontos indicariam a situação de total otimismo.
Saiba mais
A Pesquisa de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza (ICC) é realizada mensalmente pelo IPDC- Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio, ligado à Fecomércio-CE. Tem como principal objetivo verificar a expectativa real dos consumidores, em relação à situação econômica e em relação às futuras intenções de compras. A pesquisa avalia, também, o potencial de consumo a cada mês, a confiança do consumidor em relação à capacidade de compra e a situação do país. Além de verificar os produtos que o consumidor deseja adquirir, a propensão para gastar, a situação financeira atual e futura do consumidor, entre outros.
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