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sábado, junho 28

Amanhã às dez da manhã

  1. Enterro de Luiz Cruz será amanhã às dez da manhã, no São João Batista.

Adeus Luiz Cruz

O boletim médico do Hospital Geral César Cals sobre a morte de Luiz Cruz:
"Por consequência de uma pneumologia, Luiz Cruz foi readmitido na Unidade de Terapia Intensiva no dia 20 de maio, onde recebeu todos os cuidados necessários. Respirava por ventilação mecânica e recebia medicação para manter a pressão arterial e todas as medidas necessárias para tratar a infecção. Na madrugada deste sábado, 28 de junho, entrou em choque, não resistindo aos procedimentos clínicos adotados e faleceu por disfunção de múltiplos órgãos".

Descansa Luiz Cruz

  • Morreu hoje Raimundo Luiz Cruz.
  • O criador da Biblioteca Circulante descansa agora em paz.
  • O obra de Luiz Cruz será tocada pela irmã Lurdinha.
  • O enterro será anunciado ainda nesta manhã.
  • Confira a biografia de Luiz Cruz por ele mesmo:
  • Raimundo Luiz Cruz 

    Brasileiro, nordestino, filho de pais humildes que nenhum grau de estudo possuíam. Nada em sua origem apontava o nascimento de um homem que viria inovar o conceito de cultura e trazer alento a milhares de necessitados de informação, cultura e lazer nos sertões do nordeste do Brasil, tendo seu trabalho reconhecido em nível mundial. No entanto, partindo absolutamente do nada, e contando somente com seu desinteressado esforço, tornou-se um verdadeiro artífice do projeto cultural criado por ele mesmo, denominado Biblioteca Circulante.
    Sua biografia é muito simples e pode ser reduzida a uma frase:

    "O homem que consagrou sua vida a disseminar o hábito da leitura".

    Complicado é explicar o que moveu um jovem nascido em uma região pobre, onde a preocupação maior é sobreviver à fome e a miséria reinante e onde não havia o hábito de vislumbrar saídas pelo conhecimento e educação, a dedicar sua vida a um hábito exótico para tantos como a difusão do hábito da leitura.
    Raimundo Luiz Cruz nasceu em Fortaleza, estado do Ceará, nordeste do Brasil, em 23 de agosto. Filho de João Luiz da Cruz, natural de Missão Nova, distrito de Missão Velha e Maria Josefa da Cruz, tia e mãe adotiva. O pai gostava de manter-se informado, embora não soubesse ler, fato este que influenciaria e seria determinante por toda a vida futura do filho. O menino Luiz era quem lia o jornal para o pai, adquirindo assim o gosto pela leitura .Único homem de três irmãos, com uma inteligência aguçada, imaginação viva e uma grande sensibilidade ao sofrimento alheio, Luiz tinha apenas cinco anos quando seus olhos descobriram as letras e teve desperta a sua paixão pelos livros. Sempre que seus pais o perdiam de vista e deixavam jornais e revistas ao seu alcance, este apossava-se deles e corria a distribuir primeiramente entre os vizinhos e depois aos doentes de um hospital que ficava localizado próximo à sua casa, pensando em minorar suas dores com cultura. Aquela atitude de menino, que a princípio incomodava aos adultos , começou a chamar a atenção dos pais Com o decorrer do tempo eles entenderiam que ali estava a vocação do pequeno Luiz. O seu estilo seria aquele, o livro seria o seu instrumento de trabalho, difundir o hábito da leitura seria a sua missão. Muitos foram os que não alcançaram a força do seu trabalho, seria um sonhador, um louco, um vidente ao estilo dos profetas bíblicos. O tempo mostraria a força de sua convicção, apesar de todas as dificuldades, este saberia tornar o seu sonho uma realidade.
    "Luta Compreensão e muito Amor são armas para um grande trabalho"
    O tempo foi passando, e crescia cada vez mais no jovem Luiz a convicção de trabalhar pela educação das pessoas necessitadas das periferias de sua cidade . Tinha 15 anos e já não precisava mais roubar os jornais dos pais, criara um movimento de arrecadar livros usados de quem não os necessitava mais para doar a quem deles precisasse. Teve a idéia de procurar editoras de revistas para solicitar a doação de revistas devolvidas pelas bancas da cidade para repassa-las aos jovens, como forma de estimular a leitura, mantê-los informados, desenvolvendo neles o conceito de cidadania. Conseguiu o apoio de apenas uma editora, a Abril Cultural , juntou ao apoio de alguns amigos e parentes colaboradores, e iniciou o movimento de disseminar o hábito da leitura junto aqueles que de outra forma jamais poderiam ter acesso a um livro ou revista. Ao longo de muitos anos, importantes obras de autores nacional e internacional, além de milhares de revistas foram distribuídas por toda a periferia de Fortaleza, e posteriormente cidades, presídios, hospitais e escolas de todo o Ceará e nordeste, dando assim uma oportunidade única dessa gente de ter acesso a leitura. Um dia encontra-se por acaso com um amigo escritor João Jacques Ferreira Lopes que ao vê-lo levando livros e revistas que seriam distribuídas em um hospital próximo de sua casa, brincando chama-o de biblioteca volante, ao que Luiz retruca dizendo que volante seria se este tivesse um carro, biblioteca circulante seria um nome mais apropriado. Como estava apressado para chegar ao hospital, logo despede-se do amigo e somente mais tarde ao relembrar o ocorrido percebe que descobrira o nome certo para sua atividade, biblioteca circulante. Pelas condições da sua formação escolar, estudara somente em escolas públicas e de poucos recursos didáticos, Luiz tinha somente intuição de algo precisava ser feito para disseminar o hábito da leitura e através desta criar um vislumbre de perspectiva futura para tantos que sofriam fome de alimento e cultura. Somente aos 18 anos e já funcionário federal, lotado na Universidade Federal do Ceará, foi que ouviu falar que houvera muitos anos antes um predecessor da sua Biblioteca Circulante. O vestir persa Abdul Kassem Ismail (938 - 995), que viajava com 400 camelos que carregavam os 117.000 volumes de sua biblioteca para onde quer que ele fosse. Os animais eram treinados para andar, de forma que os livros estivessem sempre em ordem alfabética, segundo fonte da Adlibs, Junho 1990. A diferença, pensava Luiz, é que ele além dos poucos livros e revistas que conseguia angariar naquela época, nem jumento possuía para levar seus livros
    Dificuldades em seu caminho 
    Para conseguir levar adiante a sua missão aos longos desses trinta e cinco anos, muitas foram as dificuldades encontradas. Embora não lhe faltasse reconhecimento pela importância de sua obra, poucas foram as atitudes sérias e continuadas dos governos para o ajudar em sua obra. Graças unicamente ao seu esforço desprendido, conseguiu divulgar o conceito inédito em nível nacional, recebendo o apoio e reconhecimento de intelectuais, artistas, escritores e personalidades de todo o Brasil. Em 1965, o governador César Cals, reconhecendo o alto valor da iniciativa, fez a doação de uma pequena sede, onde foi fundada a sua base legal,e por onde passariam passaram milhares de estudantes carentes e personalidades nacional e internacional. Hoje a Biblioteca funciona em sede temporária, uma vez que teve de deixar a sua sede de fundação em virtude das suas bases bastante modestas incompatíveis com as funções de uma Biblioteca e Museu. Para implementar ações previstas para o ano 2001, Luiz Cruz volta novamente a campo, pedindo ajuda de empresários e governos para a doação de uma sede compatível com a demanda atual de serviços bem como suporte para atividades que pretende desenvolver.

    Reconhecimento Internacional 
    Com a continuidade do trabalho, a Biblioteca Circulante ganhou reconhecimento nacional e extrapolou as fronteiras do Brasil, chegando , chegando ao Irã, que apoiou o movimento através do Institut International Pour Les Methodes D' Alphabetisation des Adultes... proporcionando ajuda técnica em 1975. Em Portugal, foi firmado um convênio entre a B. Circulante e a Associação dos Jornalistas e Homens do Porto para a troca de experiências e informações , material e bolsas de estudos no ano de 1974. Em 1973 a Biblioteca Circulante entrou para o World Directory of Literacy Organizations catálogo que focaliza as organizações de alfabetização de sessenta países.Por sua obra, Luiz Cruz foi eleito vice-presidente da FIDEA federação interamericana de educação de adultos em Lima Peru, representou o Brasil em Cali,Colombia, representou o Presidente da FIDEA num encontro mundial da Educação realizado no RJ

    Homenagens Recebidas 
    Muitos foram os reconhecimentos e homenagens por sua brilhante iniciativa, a exemplo do Troféu sete dias em destaque recebida em
    Medalha ao Mérito do museu Vila Lobos; inúmeros títulos recebidos em
    Honorários de entidades educacionais; Votos de Louvor de câmaras municipais, entidades diversas de Bairros e Colégios, Amigo da Marinha Amigo do exército amigo do Bombeiros, etc. Nenhuma porém superou em emoção a sensação vivida em DEUTSCH WELLE , Colônia, Alemanha em quando foi convidado para fazer uma mensagem escrita no Livro de Ouro da emissora, e para sua surpresa na página ao lado reconheceu como seu vizinho de página a mensagem do Juscelino Kubstchek
    No esforço de difundir e angariar recursos para continuar a obra, já visitou 22 países: França, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Suíça, Itália, Espanha, Mônaco, Portugal, Peru, Colômbia, Venezuela, México, EUA, Argentina, Paraguai, Israel, Áustria, Dinamarca, Marrocos, Grécia. Holanda. Sua figura, simpática e carismática , tem sido uma declaração de cidadania e revelação de amor aos jovens carentes de nosso estado.
  • Nonato Albuquerque escreveu no Gente de Midia:
  • OMES. Morreu Luiz Cruz, fundador da Biblioteca Circulante


    .
    Morreu Luiz Cruz. 

    Ele foi o fundador da Biblioteca Circulante de Fortaleza, um emblemático projeto cultural que levava jornais, livros e revistas para as comunidades carentes, inclusive, aos detentos. 

    Seu trabalho foi reconhecido nacionalmente no final dos anos 60, a partir da promoção feita por Bibi Ferreira.

domingo, junho 22

A saúde de Raimundo Luiz Cruz


A IMPORTÂNCIA DE UM ANJO EM MINHA VIDA E NA DE MUITOS POR AÍ AFORA!
Eu morava na rua Antônio Mendes, 56, no doce e pacato bairro do Jardim América, onde passei boa parte da minha infância e um pouco do começo da minha adolescência. As boas lembranças que trago comigo são as brincadeiras e os amigos que ainda hoje fazem parte da minha vida. Falo de Isaías e de Socorrinha, sua esposa, que são os meus compadres, pois eu sou padrinho de Samira, a filha do casal. Também faço questão de mencionar Francisco Amsterdam Leitão e seu irmão Eduardo. Os irmãos Marcelo, Telma Muniz e Magna Hamaguchi, filhos de Seu Antônio e donaAntonia Muniz. Aliás, foi na casa dos Muniz que eu tive o contato com um violão pela primeira vez e achei espetacular.
Pois bem, fatos que ainda vem em minha memória, à tona, toda vez que passa feito um filme numa tela de cinema. Uma das minhas alegrias foi a surpresa que Luiz Cruz Luiz nos fez quando ele chegou numa Kombi azul carregada de brinquedos, roupas, revistas diversas e várias cestas básicas para distribuir na comunidade Brasília, que fica por trás da Rua Antônio Mendes. Foi uma felicidade geral! De vez em quando ele aparecia por lá com estas extravagâncias. Noutra vez, eu me lembro que ele levou o palhaço Carequinha e o Mike, da Turma do Balão Mágico, uma semana antes do Dia das Crianças. Levou muitos brinquedos, pipocas de saquinho, balões e outras guloseimas. Foi outra pletora de alegria em todos da comunidade.
O Luiz, devoto de Santa Teresinha, Nossa Senhora de Fátima e de São Francisco, sempre foi um cara do bem. Que sempre fez o bem ao próximo sem querer nada em troca. Muitas vezes ele foi mal interpretado e muitas vezes faziam mal juízo de sua conduta por ser um filantropo. Por ter um coração bondoso! Mas sempre teve e tem o reconhecimento merecido por tudo que ele fez ao próximo e aos necessitados e principalmente aosPacientes DO Ijf Pacientes.
Hoje, esse grande homem está mais do que nunca, precisado de nossas fervorosas orações para que ele restabeleça a sua saúde. Ele continua internado no Hospital César Cals, no Centro da cidade, sobre os cuidados de Deus, dos médicos, enfermeiras, de sua sobrinha Nélia e de alguns amigos que se dispuseram a colaborar, de alguma forma, para que ele tenha uma boa recuperação e volte com a sua alegria contagiante para o nosso convívio. Força, amigo! Estamos todos do seu lado!
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