A Câmara Municipal de Fortaleza lançou nesta quinta-feira (22), a 10ª edição da Revista Nossa Voz, publicação oficial da Casa de responsabilidade da Coordenadoria de Comunicação. A publicação é comemorativa a 10ª Edição e faz uma excursão pela cidade mostrando as nuances de cada região, a partir da visão dos cidadãos. São múltiplas vivências, contadas em 11 reportagens e um ensaio fotográfico que leva o leitor a mergulhar nas peculiaridades que formam a multifacetada metrópole de todos cearenses.
Na Regional I, os destaques são os bairros da Jacarecanga, antigo bairro aristocrático da cidade que hoje vive a diversidade dos casarões com moradias sociais, tendo no horizonte o Oceano Atlântico. Caminhando pelo litoral leste, a reportagem chega ao Grande Pirambu, que até a década de 50 era habitada por pescadores e depois começou a receber retirantes fugidos da seca, que conquistaram seus espaços as custas de manifestações por moradia.
Seguindo o passeio chegamos ao Grande Mucuripe, na Regional II, terra das jangadas e do mar bravio, onde o mar banha o porto que dá nome ao bairro. Nesse pedaço de Fortaleza, também mora a dualidade de uma cidade desigual, com comunidades e bairros considerados de alta renda, como é o caso da Varjota e Praia do Futuro.
A Regional III reúne uma grande concentração de unidades de saúde. Lá se encontram o Hospital Universitário Walter Cantídio, Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Hospital São José, o Instituto do Câncer do Ceará, o Hemoce, o Frotinha de Antonio Bezerra, além de 19 postos de saúde, em 13 bairros.
Aldeamento - O antigo aldeamento indígena de Poranga, o tradicional bairro Parangaba, na Regional IV representa bem os chamados distritos da Capital, com Messejana, Antonio Bezerra e Mondubim. Uma verdadeira cidade entrecortada por vias importantes, como José Bastos e João Pessoa. A tradição religiosa com a festa do da Coroa de Bom Jesus dos Aflitos, persiste na comunidade e sua feira famosa reúne os fortalezenses ao largo de sua Lagoa tombada como patrimônio imaterial. Na Regional temos ainda o bairro Benfica fundado por um português e fortalecido pelas famílias abastardas da capital e que hoje tornou-se o bairro universitário de Fortaleza.
Na Regional V, o Grande Bom Jardim se destaca ao lado do Grande Siqueira, que reúnem similaridade na origem, na qualidade de vida e nas vocações econômicas. Os bairros que compõem esse conglomerado apresentam, um IDH baixo e o estigma de violência, que é combatido pelos moradores, principalmente os mais jovens. Um dos equipamentos que contribuem com essa luta é o CCBJ – Centro Cultural do Bom Jardim, que nasceu há 16 anos com a proposta de democratizar o acesso as artes, cultura e direitos humanos.
Chegamos a Regional VI com sua imponente Messejana, com seu desenvolvimento intenso, ao mesmo tempo que mantém seu ar bucólico de antigo bairro dominado por sítios e extensos campos. Considerado um dos maiores centros comerciais de Fortaleza, Messejana tem influência até mesmo em municípios vizinhos, como Eusébio, Aquiraz, Itaitinga, Pacatuba e Horizonte. Outro bairro histórico desmembrado de Messejana é o José de Alencar, que abriga a casa do famoso escritor cearense, sem esquecer da Lagoa Redonda, um dos maiores bairros de Fortaleza e um dos mais rurais.
Na Regional VII, temos o Cocó, a Praia do Futuro e a Cidade 2000. Na Regional VIII o famoso José Walter, com suas quatro etapas e suas lendas urbanas. O Jangurussu e o Conjunto Palmeiras são os mais destacados da Regional IX, com seus projetos sociais como o Banco Palmas que busca minimizar a vulnerabilidade social dos moradores. Maraponga. Mondubim e Conjunto Esperança, na Regional X, nos lembram áreas verdes, tranquilidade e vida pacata em meio a selva de pedra. O Conjunto Ceará compõe a Regional XI, uma verdadeira Cidade dentro de Fortaleza, e fechando a edição um belíssimo ensaio fotográfico retratando o bairro mais representativo da cidade, que é o Centro com seus contrastes e intensidades.
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