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Diário do Nordeste Digital: Estudo do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) mostrou que dentre os 121 bairros de Fortaleza, distribuídos em 12 Secretarias Regionais (SERs), as maiores concentrações de rendimentos estão nas regionais II, VII e XII.

São bairros localizados ao leste e sudeste da Capital e caracterizados por infraestrutura urbana consolidada e maior dinamismo econômico. Os dados foram divulgados  pelo Ipece.

O bairro que lidera o ranking, segundo o Ipece, teve o maior rendimento nominal médio mensal, com os moradores ganhando em média R$ 14.775,21.

Por outro lado, o estudo também mostra quais os bairros mais pobres. A desigualdade de renda é observada por disparidades no sistema de transporte urbano, infraestrutura viária e no acesso a serviços básicos. Para se ter ideia, o padrão de renda no bairro "mais rico" da Capital é 11 vezes maior do que no bairro com menor renda.

Os menores rendimentos são de famílias das Regionais I e IX, associadas a áreas de ocupação periférica e vulnerabilidade social histórica. As famílias do bairro que lidera o ranking negativo têm o menor valor de rendimento médio mensal de Fortaleza: R$ 1.272,25 por responsável dos domicílios.

O valor é 27% menor do que o salário mínimo, que é de R$ 1.518 em 2025.

Em alguns bairros próximos, que estão perto do topo do ranking, os "chefes de família" ganham cerca de R$ 1.340 por mês.

- A diferença absoluta entre o bairro com maior renda e o com menor renda é de R$ 13.502,96, evidenciando uma disparidade expressiva. Essa assimetria reforça a forte heterogeneidade socioeconômica do território fortalezense e evidencia a coexistência de realidades muito distintas dentro de uma mesma cidade”, destaca Cleyber Nascimento, analista de Políticas Públicas do Ipece.

Em Fortaleza, o rendimento médio é de R$ 3.084,07. Das 12 Regionais da Cidade, apenas cinco (II, VII, XII, IV e VI) têm rendimento superior a esse valor. As demais sete ficaram abaixo da média.

- Essa assimetria reforça a forte heterogeneidade socioeconômica do território fortalezense e evidencia a coexistência de realidades muito distintas dentro de uma mesma cidade", diz o estudo do Ipece.