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segunda-feira, abril 25

Mundial na Praia do Futuro

Quase dez anos depois de receber uma etapa internacional, Fortaleza um dos maiores celeiros de craques do vôlei de praia brasileiro volta ao calendário da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). O Open de Fortaleza, quarto evento realizado no Brasil em 2016, começa amanhã (26) e vai até domingo (1.5). A arena está montada na Praia do Futuro, altura do número 3000 da Avenida Clóvis Arrais Maia, com entrada franca.
Além dos times que representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos (Ágatha/Bárbara Seixas e Pedro Solberg/Evandro), várias estrelas do vôlei de praia mundial estão em Fortaleza. Casos do norte-americano Gibb, campeão do Circuito Mundial 2012, e seu parceiro Patterson, dos campeões Pan-Americanos Virgen e Ontiveros, do México, e do medalhista olímpico e campeão mundial, Márcio Araújo, natural de Fortaleza e que aos 42 anos realiza sua temporada de despedida, jogando bela última vez em casa.
"É muito importante jogar em casa, podendo representar o Brasil e o Ceará. Estou bastante feliz. Fiz um ciclo vitorioso, trouxe inúmeros títulos para o Brasil e isso me credencia como uma pessoa bem-sucedida na carreira esportiva. Fico feliz com o reconhecimento. Espero poder fazer um bom campeonato de despedida. Terminamos a temporada brasileira entre os quatro primeiros, ainda estou em alto nível, não tive nenhuma lesão nem nada que me impedisse de jogar qualquer competição", disse Márcio, que analisou a vantagem por ter disputado a etapa do Circuito Brasileiro no mesmo local.
"O fato de termos jogado aqui alguns dias antes do início do Fortaleza Open, quando disputamos o evento do circuito brasileiro, nos ajuda bastante por nos deixar mais acostumados com os fatores externos. Vento e o posicionamento das quadras são questões que influenciam a nossa forma de jogar. Estamos com a vantagem de conhecer melhor o terreno embora, nenhum jogo seja fácil", completou.
A última etapa realizada na capital cearense ocorreu em 2007, com títulos para Ricardo/Emanuel e para as norte-americanas Kerri Walsh e May-Treanor (veja a lista com todos os campeões abaixo). Fortaleza é a segunda cidade que mais recebeu etapas internacionais, atrás apenas do Rio de Janeiro (11 contra 27).
Duplas Brasileiras
O Brasil será representado por dezesseis equipes, oito em cada naipe, no Open de Fortaleza. Todos os times partem da fase de grupos (main draw). O sorteio que define o grupo de cada representante brasileiro será realizado na noite de terça-feira (26.04) para os homens, e na noite de quarta-feira (27.04) para as mulheres.
No masculino, as equipes, por ordem de pontuação no ranking de entradas da Federação Internacional de Voleibol são: Pedro Solberg/Evandro (RJ), Álvaro Filho/Vitor Felipe (PB), Ricardo/Allison Francioni (BA/SC), Guto/Saymon (RJ/MS), André Stein/Oscar (ES/RJ), Luciano/Márcio Araújo (ES/CE), Jô/George (PB) e Thiago/Harley (SC/DF).
Já no naipe feminino, as equipes brasileiras serão Ágatha/Bárbara Seixas (PR/RJ), Juliana/Taiana (CE), Lili/Rebecca (ES/CE), Duda/Elize Maia (SE/ES), Carolina Horta/Ana Patrícia (CE/MG), Rachel/Ângela (RJ/DF), Val/Josi (RJ/SC) e Andressa/Tainá (PB/SE).
A parada na capital cearense encerra uma série de eventos do Circuito Mundial realizados no Brasil. Maceió (AL), em fevereiro, e Vitória (ES), em março, sediaram etapas Open. O Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos, recebeu um Grand Slam também em março. O torneio em Fortaleza também será da categoria Open, que vale menos pontos que um Grand Slam.
Os campeões da etapa de Fortaleza recebem 500 pontos no ranking geral e uma premiação de 11 mil dólares. Ao todo, são 150 mil dólares em premiação nos dois naipes. Após a parada na capital cearense o Circuito Mundial segue para a Europa, onde será realizado o Open de Sochi, na Rússia, de 3 a 8 de maio. Outros oito eventos ocorrem até a disputa dos Jogos Olímpicos.
CAMPEÕES DE ETAPAS INTERNACIONAS EM FORTALEZA:
Masculino
  • 1994 - Franco/Roberto Lopes (foto)
  • 1995 - Franco/Roberto Lopes
  • 1996 - Mike Dodd/Mike Whitmarsh (EUA)
  • 1997 - Zé Marco/Emanuel
  • 2002 - Márcio Araújo/Benjamin
  • 2007 - Ricardo/Emanuel
Feminino
  • 2000 - Misty May-Treanor/Holly McPeak (EUA)
  • 2001 - Adriana Behar/Shelda
  • 2004 - Misty May-Treanor/Kerri Walsh Jennings (EUA)
  • 2007 - Misty May-Treanor/Kerri Walsh Jennings (EUA)

domingo, abril 24

Olímpicos Alison e Bruno

Os campeões Alison e Bruno (foto de Matheus Vidal)
Nenhuma outra dupla venceu mais de uma etapa do Circuito Brasileiro 2015/2016. Eles conquistaram três, garantiram o troféu da temporada antecipadamente e demonstraram hoje porque são representantes do país nos Jogos Olímpicos de 2016. Alison e Bruno Schmidt (ES/DF) venceram Jô e George (PB) por 2 sets a 0 (21/13, 21/18) na arena montada na Praia do Futuro e levara ouro na etapa de Fortaleza.
Alison e Bruno Schmidt chegam à excelente marca de seis medalhas em oito etapas. Foram três ouros (Curitiba, Natal e Fortaleza), uma prata (Brasília) e dois bronzes (Bauru e Niterói). Terminam com o título e 2440 pontos no ranking geral, com o desconto do pior resultado. Já Jô e George conquistam a segunda medalha da equipe nesta temporada, somando o bronze da etapa inicial em Brasília com a prata deste domingo.
Na disputa da medalha de bronze, Guto e Saymon (RJ/MS) levaram a melhor sobre André Stein e Oscar (ES/RJ), vencendo de virada, com parciais de 16/21, 21/17 e 15/8. Foi a quarta medalha da dupla em oito etapas, terminando com o vice-campeonato geral e 2160 pontos. Eles conquistaram um ouro (Brasília), uma prata (Goiânia) e dois bronzes (Natal e Fortaleza).
Melhor jogador do mundo, Bruno Schmidt comentou o que considerou um dos maiores desafios na etapa nordestina, o vento forte, além, é claro dos adversários de qualidade.
"Acaba desgastando mentalmente, não pode se desconcentrar em nenhum momento, nenhum saque. Tem que analisar a todo momento. Quem tem mais paciência leva vantagem. Não foi fácil. Estou muito feliz, dou muito valor a esses títulos pessoais, conseguimos nosso primeiro título da temporada brasileira, dou muito valor, pois por conta desse torneio sou um jogador competitivo hoje no cenário internacional. Dedico essa conquista ao pessoal do Espirito Santo e Vila Velha", disse Bruno Schmidt.
Alison comemorou mais um troféu para a galeria e destacou o planejamento e preparação que antecede os Jogos Olímpicos.
"Um grande campeão sempre quer ganhar e evoluir. Grandes vencedores sempre disseram isso. Carrego a filosofia de pessoas como Senna, Michael Jordan, Emanuel, Kobe Bryant. Bruno e eu acreditamos que sempre podemos evoluir nas adversidades. Normalmente não treinamos com vento e encontramos muito vento aqui. Agora é a reta final, pouco mais de três meses para os Jogos Olímpicos, vamos trabalhar, fazendo cada etapa como a última, estudando, concentrados e focados. Estamos no caminho certo".
O jogo - A partida começou marcada pelo forte sol e vento constante. Alison e Bruno Schmidt utilizaram a experiência e tranquilidade para reduzir o número de erros. Em ace, Alison abriu vantagem de cinco pontos (12 a 7) na primeira metade do set. Os erros não forçados de Jô/George fizeram a vantagem dos campeões mundiais aumentar. Em bonito bloqueio de Alison, fecharam a primeira parcial por 21 a 13.
O segundo set começou com os times trocando pontos, até que Alison marcou bem no bloqueio e abriu 4 a 2. A vantagem foi aumentando com mais bloqueios do ‘Mamute’ e erros não forçados, abrindo 9 a 3 para os campeões mundiais. Jô e George lutavam com muita garra, mas não conseguiam reduzir a diferença que quase sempre se mantinha em quatro pontos.
Jô e George chegaram a salvar dois match points. Mas na terceira tentativa, Bruno Schmidt deu um show. Defendeu uma largada no fundo de quadra, se recuperou e atacou com uma largada cheia de efeito, anotando 21 a 18 e demonstrando a razão de ter sido eleito melhor jogador da última temporada internacional. Eleito também melhor na final em Fortaleza.
Cada dupla campeã de uma etapa do Open soma 400 pontos no ranking da temporada, além de levar para casa um prêmio de R$ 45 mil. Todas as equipes são premiadas, e somando os dois naipes, o torneio distribui mais de R$ 420 mil aos atletas.
Após a etapa cearense, o calendário nacional segue para João Pessoa (PB), onde será realizado o Superpraia, torneio que reúne as quatorze melhores duplas da temporada, além de dois times convidados. Os jogos ocorrem de 6 a 8 de maio, com entrada franca à torcida.

Olímpicas Larissa e Talita

Larissa e Talita dominaram a temporada 2015/2016 do Circuito Brasileiro de ponta a ponta. E confirmaram o bom desempenho neste domingo (24.04), ao superarem Duda e Elize Maia (SE/ES) por 2 sets a 0 (21/18, 26/24) na final da etapa de Fortaleza (CE), jogando ‘em casa’ na arena montada na Praia do Futuro. A medalha de bronze ficou com Rachel/Ângela, que superaram Lili/Rebecca por 2 sets a 0 (21/10, 22/20).

Representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016, Larissa e Talita já haviam garantido o título da temporada no primeiro dia do torneio, já que não poderiam ser alcançadas matematicamente. Este é o sétimo pódio do time em oito etapas - elas não atuaram em Natal - com cinco ouros (Brasília, Contagem, Curitiba, Niterói e Fortaleza) e duas pratas (Goiânia e Bauru). Elas terminam com 2720 pontos no ranking geral.

Duda e Elize Maia levam a quinta medalha nesta edição do circuito. Somam um ouro (Goiânia), uma prata (Fortaleza) e três bronzes (Bauru, Curitiba e Niterói). Confirmam também o vice-campeonato geral, terminando com 2280 pontos. Rachel e Ângela sobem ao pódio pela primeira vez na temporada com a medalha de bronze deste domingo.

Apesar de ser nascida em Cachoeiro de Itapemirim, Larissa comemora vencer ‘em casa’, como ela diz. Morando em Fortaleza há mais de uma década, o sentimento é mais especial.

"Comemoramos cada título como algo único. Só nós sabemos o que existe por traz, tanto trabalho, dedicação, abdicação, esforço. E ganhar dentro de casa é ótimo, porque aqui (Fortaleza) é minha casa também. Estar perto da família, pessoas que me viram começar no vôlei, tem um caráter especial", comemorou Larissa.
Talita também elogiou sua nova casa - mora em Fortaleza desde 2014 - e destacou a valorização do ouro pela boa atuação de Duda e Elize Maia.

"Bacana acolhi fortaleza como minha casa, fui tão bem recebida pelo povo daqui, um povo apaixonado por voleibol. Onde ando as pessoas perguntam, falam, torna a adaptação mais fácil. E um jogo difícil sempre valoriza a vitória, exige o máximo. Fica uma disputa boa, elas chegaram a ter o ponto do set, mas tivemos paciência para confirmar o ouro", disse.

O Jogo
A partida começou com Larissa e Talita abrindo vantagem de 5 a 2 no placar. Os times tentavam se adaptar ao forte vento. As atuais campeãs brasileiras mantiveram a concentração e foram mantendo durante a maior parte do tempo uma vantagem de três pontos. Duda e Elize chegaram a encostar com 11 a 13, mas não foi suficiente para a virada: 21 a 18 no set inicial da decisão em Fortaleza.

O segundo set foi o mais emocionante. Larissa e Talita abriram vantagem de cinco pontos, mas aces de Elize Maia e boas jogadas de Duda reduziram a desvantagem para 16 a 15, em cinco pontos seguidos da dupla. Na reta final, a sergipana e a capixaba salvaram três match points seguidos. Os times passaram a alternar pontos. Pressão dos dois lados, mas, no final, vitória de Larissa e Talita, que conseguiram controlar o nervosismo, fechando em 26 a 24.

Cada dupla campeã de uma etapa do Open soma 400 pontos no ranking da temporada, além de levar para casa um prêmio de R$ 45 mil. Todas as equipes são premiadas, e somando os dois naipes, o torneio distribui mais de R$ 420 mil aos atletas.

Após a etapa cearense, o calendário nacional segue para João Pessoa (PB), onde será realizado o Superpraia, torneio que reúne as quatorze melhores duplas da temporada, além de dois times convidados. Os jogos ocorrem de 6 a 8 de maio, com entrada franca à torcida.

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