O futuro da Educação

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Nos próximos anos, iremos experimentar o ensino de uma maneira completamente diferente. Digo isso por conta do avanço da tecnologia, que deverá transformar a forma com que as instituições de ensino se relacionam com seus alunos, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior. Neste artigo, focarei na aplicação da tecnologia disruptiva nas universidades, que deverá simplificar o relacionamento dessas organizações com seus públicos, contribuindo para uma oferta de cursos mais adequados à nova geração.
Atualmente, o processo de escolha de uma instituição de Ensino Superior e de um curso depende exclusivamente dos estudantes. Porém, com a adoção de ferramentas do universo digital, as organizações podem aprimorar a captação de alunos e ajudá-los a escolher o curso mais adequado. Esse é o primeiro passo para um acompanhamento assertivo do ciclo de vida do aluno.
Há alguns anos, as instituições se preocupavam apenas em atrair alunos. Hoje, tão importante quanto a prospecção, é atendê-los da forma adequada para evitar a evasão – um dos principais desafios do setor. Dispositivos móveis, plataformas colaborativas, soluções de analytics e de automação de processos podem apoiar as instituições de ensino no gerenciamento de cada uma das etapas do ciclo de vida do aluno (captação, ingresso, curso e pós-formação).
Se considerarmos que um aluno típico das instituições de Ensino Superior, nos próximos cinco anos, pertence à geração que já nasceu conectada, o uso de ferramentas de big data e analytics serão imprescindíveis para analisar as informações disponíveis em suas redes sociais, e identificar, com precisão, o perfil de cada um. Com esses dados, as escolas poderão direcionar melhor as ações de captação de alunos, proporcionando uma aproximação com os estudantes antes mesmo de eles a procurarem. Essa comunicação segmentada poderá, ainda, orientar prospects sobre o curso mais adequado com base em seu perfil e interesses, resultando em uma atração de estudantes mais assertiva.
No processo de ingresso, por exemplo, o aluno poderá escolher, por meio de tecnologias e de forma ágil e flexível, as matérias e a unidade em que deseja realizar o curso, bem como o horário e a modalidade – presencial ou à distância – sem necessidade de deslocamento e entrega presencial de documentos. Por outro lado, a tecnologia permitirá à instituição sugerir disciplinas, turmas, locais e modalidades extras para incrementar a experiência do estudante.
Durante o curso, a confirmação de presença em sala de aula, por meio de celulares ou biometria, alimentará uma base de dados sobre o comportamento do estudante. A instituição poderá oferecer aulas de reforço para aqueles que apresentarem desempenho abaixo do esperado ou um link de acesso ao conteúdo ministrado em sala para os que faltaram.
Além disso, a adoção de material didático digitalizado e atividades online contribuirão para um engajamento maior dos alunos, tornando o ambiente mais colaborativo. Os livros e apostilas serão comercializados por meio de lojas de aplicativos, como Apple Store e Google Play, e, por serem digitalizados, permitirão ao aluno sinalizar os trechos em que teve dificuldade e compartilhar a informação com os colegas ou com a instituição para revisão e reforço do tema.
Com um sistema adaptativo de aprendizado será possível aprimorar as aulas, uma vez que a ferramenta tem capacidade de identificar o método de aprendizado mais efetivo para cada aluno, tanto em cursos à distância (EAD), como presencial.
Já com a prática de game based learning, que confere pontos aos estudantes que completam os exercícios extras e avaliações digitais (provas e simulados), será possível obter estatísticas para que os alunos avaliem o seu desempenho em relação aos demais, incentivando o engajamento e a troca de experiências entre eles.
As tecnologias também permitem o estabelecimento de um relacionamento mais próximo com os egressos ao possibilitar o desenvolvimento de campanhas sobre os novos cursos com base no perfil e evolução profissional deles, incentivando o retorno à instituição.
Em um futuro próximo, a adoção de ferramentas de produtividade digital permitirá uma melhor avaliação do aluno, do professor, das disciplinas e até mesmo do curso. As tecnologias possibilitarão às instituições de Ensino Superior extrair inteligência dos dados e, com isso, ser mais assertiva na forma de transmitir o conteúdo, oferecendo uma melhor experiência de ensino aos estudantes. Além disso, as mudanças impulsionarão um relacionamento mais próximo com os alunos e um melhor acompanhamento de todas as etapas do ciclo de vida estudantil.
 Denis Del Bianco - 
Formado em Informática pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com MBA em Gestão de Negócios no IBMEC, Denis Del Bianco atua no mercado de consultoria há 15 anos e trabalhou por 9 anos na Accenture, onde ocupou o posto de gerente sênior. Ingressou na TOTVS em outubro de 2007, onde liderou processos comerciais e de entrega de projetos de consultoria em diversos segmentos da indústria. Em 2010, passou a ser o líder da TOTVS Consulting, posição que ocupa até hoje. Tem certificação de Project Management Professional (PMP). Além do trabalho na Consulting, é responsável, na TOTVS, pelas áreas de Educação e de Inteligência Empresarial".

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