Lamparina

O Filme Sal, Duna, Lamparina, que retrata a comunidade Ponta do Mangue, localizada dentro do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, está em campanha de financiamento coletivo, através do site Catarse, no período de 11 de março a 20 de abril. O objetivo é finalizar o longa-metragem que mostra através da representação de Maria do Celso, 64 anos, a luta dos moradores pela conquista da energia elétrica e permanência no local.

Pertencente ao município de Barreirinhas (MA), principal entrada para o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, Ponta do Mangue reúne, aproximadamente, 45 famílias que vivem dos recursos naturais praticando atividades sustentáveis como a pesca, agricultura familiar e artesanato. Formada há mais de um século, a comunidade tradicional ainda não conseguiu conquistar seus direitos básicos e enfrenta problemas estruturais pela inexistência de serviços como escolas, hospitais, saneamento e energia.

Existindo entre dunas, praias e lagoas o povoado também sofre com o isolamento ocasionado pela deficiência no sistema de transporte, especulação turística e probabilidade de remoção. A situação de invisibilidade social despertou o olhar do realizador maranhense Germano de Sousa, em 2014, ao retornar para uma visita a sua terra natal, Barreirinhas.

A proposta do documentário Sal, Duna, Lamparina foi consolidada durante quatro viagens realizadas entre 2014 e 2015. Para Germano, a intenção era fazer um curta, mas à medida que foi descobrindo os efeitos dessa invisibilidade, que vai da saúde a autoestima dos moradores, e acompanhando o protagonismo da comunidade para mudar sua situação viu que somente um longa-metragem poderia abordar as fortes questões de direitos humanos desta história.

Atualmente, o documentário encontra-se pendente de finalização - processo que demanda a contratação de outros profissionais especializados. Para levar esta mensagem adiante, o realizador lança, no período de 11 de março a 20 de abril, uma campanha de financiamento coletivo no site Catarse. O valor pretendido é 35 mil reais, que além da finalização tem o objetivo de viabilizar a exibição do filme na Comunidade Ponta do Mangue. “Essa exibição é uma maneira de retribuição à comunidade pela receptividade e colaboração no projeto! Mas nossa maior intenção é estimular a autoestima deles, principalmente dos mais jovens, ao mostrá-los como protagonistas de sua história e comunidade”, afirma Germano.
Entenda o nome Sal, Duna, Lamparina

O Sal é a principal forma de conservação dos alimentos pela inexistência de energia elétrica. Por conta disso, muitos moradores tem a saúde afetada, principalmente, com hipertensão. Duna faz referência ao cenário onde a história acontece. Lamparina é o objeto simbólico da atual luta pela conquista da energia elétrica. É através dele que a comunidade tem luz durante a noite.



Saiba mais sobre o realizador:

Artista visual com mais de 15 anos dedicadas ao oficio. Cinegrafista e documentarista formado em ‘Realização em Video e Edição’ nas escolas Filmosofia e Nexofilm em Granada, Espanha. Trabalhou como realizador audiovisual no Coletivo 1Bando Comunicação e como cinegrafista na Produtora Baião de Dois Filmes. Em 2014, dirigiu e produziu o curta experimental “Amaral” premiado no 24º Festival Cine Ceará. Atualmente, dedica-se a função de videomaker e fotógrafo freelancer para diversos projetos independentes.


Informações:

Campanha de financiamento coletivo Sal, Duna,Lamparina 11 de março a 20 de abril  www.catarse.me/saldunalamparina


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