'Adeus Amélia'

Hoje à noite, na Domingos Olímpio tem bloco 'Adeus Amélia'.
O Bloco Adeus Amélia, promovido pela Prefeitura de Fortaleza, aliará o trabalho pela valorização da mulher com a folia na Avenida Domingos Olímpio, hoje, a partir das seis da noite. A concentração das mulheres, antes do corredor da folia, será na Praça José Bonifácio (Praça do 5º Batalhão), às quatro da tarde. A organização é da Coordenadoria de Políticas para as Mulheres da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos.
O Bloco Adeus Amélia reúne mulheres de vários segmentos sociais e de todas as idades, que aproveitam o período do Carnaval para chamar a atenção da sociedade para a desigualdade ainda existente entre homens e mulheres. Segundo a coordenadora Larissa Gaspar, não se pode afirmar que as mulheres são livres quando elas sofrem violência cotidiana e lhes são impostos padrões de beleza e feminilidade. “A situação é de permanente desigualdade. Mesmo quando temos mais qualificações técnicas que os homens e ainda assim recebemos salários inferiores, ou quando o peso do trabalho doméstico e do cuidado com a família recai unicamente sobre nossas costas, por exemplo”, pontua.
O grito pelo fim da violência contra a mulher também ecoa entre as participantes do bloco, que foi criado em 2008. Mulheres jovens, adultas e idosas compartilham o desejo de superarem a violência doméstica e institucional, buscando formas de alcançar a autonomia financeira e o respeito de parceiros, familiares e sociedade.
Conheça o hino do Bloco Adeus Amélia
"Adeus Amélia", música que dá o tom contestador do bloco, é uma composição das compositoras Aida Santos e Ana Célia Fernandes.

Amélia não existe mais
O mundo mudou meu amor
Não queira que eu me sinta ela
Adeus, adeus, Amélia.(bis)

Amélia, a mulher de verdade,
Não cabe na nossa realidade
Hoje, nós somos inteiras
E não pela metade

O universo mudou de repente
Não insista que eu seja ela
O mundo mudou fortemente
Adeus, adeus, Amélia.

Eu também mudei, meu amor
E não me venha com xurumelas
Hoje é uma realidade
Adeus, adeus, Amélia.

João, João, cozinha o teu feijão!
José, José, faça seu café!
Zeca, Zeca, lava tua cueca!
Torquato, Torquato, lava o teu prato!
Porfírio, Porfírio, cuida dos teus filhos!

Como denunciar
A população é parceira na luta pelo fim da violência contra a mulher. Para denunciar qualquer violação de direitos das mulheres, deve-se ligar para o Disque Direitos Humanos (0800.285.0880). O serviço gratuito e sigiloso da Prefeitura de Fortaleza é guiado pela Coordenadoria para Promoção da Cidadania e Direitos Humanos da SCDH. Funcionando em regime de plantão (24 horas por dias/ 7 dias por semana), recebe denúncias e encaminha para a rede de proteção.
Também existem serviços telefônicos do Governo Federal, como o disque 180, voltado especificamente para as denúncias de violência contra mulheres, e o disque 100, que acolhe demandas de violação de direitos humanos de todos os públicos. As denúncias ainda podem ser feitas, diretamente, na Delegacia da Mulher (Rua Manuelito Moreira, 12, Benfica - (85) 3101-2495).

O Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência Francisca Clotilde oferece atendimento às mulheres em situação de violência decorrente da desigualdade de gênero, seja ela doméstica e familiar; sexual; institucional ou tráfico de mulheres. O objetivo do equipamento é promover o fortalecimento da autonomia da mulher e a ruptura com ciclo da violência.

O Centro também realiza encaminhamentos para os serviços da Rede de Atendimento e Enfrentamento à Violência (Juizado, Delegacia, Defensoria, Ministério Público, Saúde, Assistência Social, etc), atividades de sensibilização, articulação e mobilização quanto à prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher. Além disso, elas podem obter informações sobre as medidas a serem adotadas nos casos de violência, bem como sobre os atendimentos realizados no Centro de Referência. O equipamento fica na Rua Júlio César, 192, Benfica - (85) 3214.5883.

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