Jeri...

'Jeri está com uma ferida aberta, e muitos estão revoltados pois ela revela tantas dores ocultas, tantas feridas invisíveis com as quais temos de lidar no dia a dia. A beleza e a força da natureza aqui, que fazem o local ser chamado de "paraíso" são, muitas vezes, ignoradas e violentadas pela ganância. A desumanização, priorizar o retorno financeiro, é o que tem destruído a paz do local com construções abusivas, trânsito perigoso e desrespeitoso, o descuido com a preservação do lugar. Tudo isso é consequência da falta de capacidade de perceber a beleza da natureza criada por Deus, e a beleza - e paz, eu diria - que pode existir dentro do coração de cada um. Precisamos resgatar a paz dentro de nossos corações.

Jeri é parte do mundo. Não só em Jeri, mas no mundo (principalmente o capitalista, eu diria, que prioriza o bem estar individual e o lucro), há muitas pessoas que se perdem sob o deslumbramento do "deus" dinheiro. Estão entorpecidas por uma ilusão que cedo ou tarde se desfaz, pois chega sempre o momento em que precisamos descobrir o que realmente importa na vida. A doença, a velhice, a morte, a dor do isolamento afetivo estão ao nosso redor (e dentro), e se achegam devagarzinho - ou rápido demais. Precisamos voltar a nos tornar humanos. Precisamos de amor, de compaixão, de solidariedade. Precisamos olhar para dentro e dolorosamente fazer uma autocrítica sobre de que forma podemos estar compactuando com o desamor, o desrespeito, a desumanidade, o ignorar os sentimentos alheios.

Eu vejo em Jeri muita gente priorizando o retorno financeiro. Mas vejo também muita gente que veio para cá para realmente VIVER melhor - que já descobriu o valor da vida. Não é jogando pedras ao redor indiscriminadamente que iremos ajudar a ter uma Jeri, melhor dizer um mundo melhor. Assim como a a raiva, o desrespeito, a violência se multiplicam facilmente; o amor, a gentileza, o respeito pelo outro também têm esse potencial. Mesmo quem acredita em reencarnação, ou seja, que a vida não é uma só, sabe que VIDA não é algo que se possa desperdiçar por tolices (dinheiro, certo!?). No momento derradeiro, ninguém vai lembrar da conta no Banco, estejam certos...

Nada melhor, para superar as dores, do que olhar ao redor e perceber a beleza... do que doar a beleza de dentro do seu coração com compaixão, solidariedade e amor. Precisamos procurar isso dentro de nós e pensar de que forma podemos colaborar com a cura. É bom meditar e orar. Vamos pedir pela paz, e fazer o que estiver ao nosso alcance para construí-la, tijolo por tijolo. A paz está lá, em algum cantinho, e precisa ser resgatada. Um abraço a todos.

Comentários

  1. Caro Lauriberto Braga, fico muito grata que compartilhe minhas reflexões. São uma forma de tentar colaborar para que as pessoas olhem para dentro e pensem de que forma podem estar compactuado ou colaborando para criar este mundo violento em que vivemos. Hoje em dia é muito difícil olhar para dentro e assumir a responsabilidade pelo descaso com o outro (um tipo de violência sutil, que cria sementes...). Um grande abraço.

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