Rússia x Coreia do Sul

AGÊNCIA ESTADO
17 Junho 2014 | 06h 46

Os quatro principais times russos formam a base da seleção do país. São nada menos que 17 jogadores de Dínamo, CSKA, Zenit e Spartak. Única equipe com 100% de jogadores caseiros, a Rússia aposta na amizade de seus atletas para sonhar em ir longe na Copa do Mundo. A comprovação de que a união que vem de longa data pode ser um diferencial no futebol será colocada à prova às 19 horas (de Brasília), de hoje diante da Coreia do Sul, na Arena Pantanal, em Cuiabá.
Mesmo estando em equipes de grande rivalidade no país, os jogadores russos têm um diferencial. Fora das quatro linhas eles são muito amigos, vivem se confraternizando, saindo para jantar com suas famílias ou mesmo curtindo as belezas russas, como a Praça Vermelha, o Kremlin e seus espetáculos
maravilhosos do circo e teatro.
São cinco convocados do CSKA, quatro defensores, enquanto o Dínamo mandou seis atletas, cinco que atuam na linha de frente. "No campeonato local não há moleza e se precisarmos chegar mais fortes vamos fazer, mas fora dos gramados, vivemos unidos, as famílias se encontram e isso nos deixa muito mais próximos", afirma o zagueiro Granat, do Dínamo, ao revelar passeios com o artilheiro Kerzhakov, do Zenit.
Kerzhakov atua em uma equipe um pouco mais distante da capital, mas 18 dos 23 convocados jogam em Moscou, o que deixa o técnico Fábio Capello tranquilo quando o assunto é união. "Todos já se conhecem, quando não estamos nos enfrentando, estamos vendo um jogo do adversário no Campeonato Russo e isso faz a gente se ambientar com as características de todos os convocados", garante Kerzhakov.
Goleador da seleção nas eliminatórias, com cinco gols, ele descarta que esteja no Brasil para brigar por nova artilharia. "Quero ajudar a seleção a se dar bem, seja com gols ou assistências. O importante é vencermos e já temos uma pedreira logo de cara, diz o centroavante, que disputa vaga com Kokorin.
A Coreia do Sul é apontada como a grande rival na briga por vaga. A outra dificilmente escapará das mãos, ou pés, da Bélgica, enquanto a Argélia não deve almejar muita coisa. Capello já definiu a estratégia de como enfrentar os velozes e dedicados sul-coreanos. Vai apostar no seu jogo aéreo forte e nas rápidas trocas de passes pelo meio. A marcação também será avançada, apertando a saída de bola dos asiáticos. Tudo foi treinado à exaustão no estádio Novelli Júnior, em Itu.
Os coreanos apostam num grupo renovado, recheado de jovens, para repetir a campanha na África do Sul e avançar às oitavas. "Podem apostar que vamos dar muito trabalho no futuro", diz o técnico Myung Bo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Hidrogênio Verde

Tidy Odonto