Só meio quilo de camarão ano

O brasileiro consome pouco camarão. O consumo per capita do brasileiro é de 550 gramas de camarão ano. Este mesmo brasileiro consome 55,5 quilos de carne vermelha por ano e 45 quilos de aves/ano.
Para discutir o aumento do consumo do camarão no Brasil, acontece em Fortaleza, de 16 a 19 de novembro, no Centro de Eventos do Ceará, a Feira Nacional do Camarão.
Associado aos benefícios nutricionais e aos apelos gastronômicos que o camarão agrega, o setor avalia as oportunidades para o crescimento da produção e do consumo do camarão cultivado no mercado brasileiro.
Com o apelo "aprecie sem moderação", a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) busca mostrar que o camarão está acessível a uma parcela significativa da população brasileira. "Nossa produção é totalmente consumida pelo brasileiro, que paga preços competitivos e acessíveis às diversas classes sociais, notadamente, em relação às demais fontes de proteína de origem animal", atesta o presidente da ABCC, Itamar de Paiva Rocha.
Pesquisas realizadas pela Universidade Rockefeler, dos Estados Unidos, apontam que o camarão marinho é um alimento altamente saudável, especialmente, no que se refere aos índices de colesterol e triglicerídeos, quando comparado com as carnes vermelhas.
A produção derivada de cultivo de peixes, crustáceos e moluscos vem crescendo exponencialmente. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) revela que a taxa média anual de incremento do setor é de 2,4% nos últimos dez anos, sendo maior quer o crescimento populacional que ficou em dez anos em 1,2%.
Itamar Rocha diz que "o Brasil, que conta com um extraordinário potencial para a produção aquícola, não consegue desenvolver esse setor com a mesma eficácia e efetividade que o faz com a produção de carnes bovina, de aves e de grãos, nas quais o País ocupa posição de destaque no contexto internacional, contribuindo para a segurança alimentar em boa parte do mundo".
A carcinicultura marinha brasileira está instalada, basicamente no Nordeste. "Aqui são dadas as condições ideais de clima, água e solo para desenvolver-se. O desempenho da atividade nas águas estuarinas e continentais de baixa salinidade do Nordeste, com seus efeitos socioeconômicos e ambientais revelados em estudos acadêmicos e teses universitárias, mostram resultados que põem em destaque a importância da atividade para a interiorização do desenvolvimento regional com equidade social, tanto no meio rural litorâneo como nos rincões interioranos mais distantes", atesta Itamar Rocha.
Mas o criador tem, uma reclamação: "No entanto, apesar dessa atividade revelar-se como uma das raras alternativas para levar a inclusão social e produtiva ao meio rural com a incorporação do micro e pequeno produtor como protagonistas da atividade e com a geração de empregos permanentes para homens e mulheres de baixa qualificação profissional, a exacerbação ambientalista tem se voltadas de forma toda especial para o cultivo do camarão marinho, que passou a ser objeto de críticas das denominadas ONGs ambientalistas e de consequente restrições por parte de órgão governamentais que se ocupam do gerenciamento do meio ambiente".

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