Emprego

A Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE, continua a apontar desemprego historicamente baixo no agregado metropolitano nacional, mas cabem ponderações. O efeito da confiança do trabalhador em baixa precisa ser considerado no contingente de pessoas à procura de trabalho, em meio ao enfraquecimento da atividade doméstica no último ano. O mercado formal de trabalho do país gerou em 2014 praticamente um terço (35%) das vagas líquidas apuradas em 2013, para o que o comportamento da indústria de transformação teve forte influência, sobretudo no Sudeste. Foi a mais fraca geração de carteiras assinadas desde 1999.
Para 2015, pesquisa Fecomércio RJ revela poucas mudanças no quadro de funcionários dos estabelecimentos comerciais fluminenses: 77% dos empresários entrevistados declararam a intenção de manter o número de empregados. A estreita margem de ociosidade no mercado de trabalho levou a sucessivos aumentos de salários incompatíveis com o crescimento da produtividade, com repercussões negativas sobre a inflação. Não obstante a concessão, em 2014, de reajuste para o salário mínimo mais contido em comparação a anos anteriores, a dinâmica salarial permaneceu como fonte de pressões inflacionárias – de maneira especial no Rio de Janeiro.
Para se ter uma ideia, a PME evidencia que, em 2003, o rendimento médio real no Grande Rio era 0,6% menor do que a média nas seis regiões metropolitanas pesquisadas. Em 2014, o indicador situou-se 11,5% acima da média, inclusive superior ao da metrópole paulista (4,2% maior do que a média). Com atividade branda, juros em alta e confiança à espera dos próximo capítulos na política econômica, chega o momento de os salários ganharem aderência à realidade doméstica, o que deverá servir de base às negociações entre trabalhadores e patrões por vir nas próximas semanas.
Fonte: Superintendência de Economia e Inteligência de Negócios da Fecomércio RJ

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