Eunício e Tasso em Crateús



Em meio a uma multidão que lotou a praça da Igreja Matriz Senhor do Bonfim, o candidato da coligação “Ceará de Todos” ao Governo do Ceará, Eunício 15, assistiu, na noite deste sábado, à missa campal celebrada em comemoração aos 50 anos da Diocese de Crateús.
Ele visitou o município acompanhado de Tasso 456, candidato ao Senado. “Temos aqui os restos mortais de um homem que pregou, acima de tudo, a coragem e a liberdade. Dom Fragoso era um homem simples, pobre. Ele prefaciou o livro “O itinerário da violência”, do Paes de Andrade. Há uma ligação, de certa forma, familiar entre a gente. Porque meu sogro era muito amigo dele. Militavam juntos. Eram dois homens de esquerda, que defendiam interesses da sociedade. Tiveram histórias de luta. De dizer que a Ditadura não dobrou suas espinhas. Pois não vão ser membros de uma família que vão curvar a minha.”
Eunício foi calorosamente recebido pelos fiéis, de quem ouviu inúmeras queixas quanto aos prejuízos decorrentes da seca. O Sertão dos Inhamuns/Crateús é a região cearense em situação mais crítica no tocante à oferta hídrica. Açudes e barragens estão em níveis baixíssimos. Há reservatórios com menos de 1% de água.
Em entrevista à imprensa local, Eunício lamentou o fato de o Lago de Fronteiras não ter sido construído. Eunício incluiu a obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “E, lamentavelmente, a burocracia, a má vontade de alguns, o desinteresse do próprio governador... Nenhuma ação aconteceu para que ela fosse feita. E um novo ano se avizinha com a perspectiva de mais seca.”
Para o peemedebista, a falta d’água em Crateús não é fruto somente das poucas chuvas dos últimos anos. O problema é principalmente de gestão. “Essa adutora que está sendo feita agora, se tivesse sido planejada e feita há dois anos, não teríamos tantos problemas. O que temos agora são licitações e convênios irregulares para comprar a consciência de prefeitos, como fizeram em Nova Russas. O prefeito trocou o abastecimento de água por meia dúzia de ruas asfaltadas. As pessoas não querem saber de asfalto quando estão passando sede. As prioridades foram invertidas.”
Eunício disse que Crateús precisa receber mais atenção do Governo Estadual. Ele comprometeu-se a, se eleito, ter um olhar diferenciado para a região avançar em desenvolvimentos. “A prioridade é cuidar do homem do campo sofrido ou construir um teatro de ópera na Praia Mansa para enaltecer a vaidade do atual governador? Ele devia estar fazendo era o barramento de córregos e rios pra gente ter água pra beber e alimentar os animais se Deus não nos der um inverno farto!”
O candidato agradeceu o apoio dos crateuenses e reforçou a marca da sua campanha: de que ouvir as pessoas é fundamental para iniciar um novo jeito de governar no Ceará. “Pra gente ter um Ceará que não seja de alguns, mas de todos os cearenses. Eu não faço politicagem. Estou aqui me submetendo à vontade popular. Cooptaram partidos políticos pra não ter eleição no Ceará. Mas vai ter eleição no Ceará! E essa eleição não será a eleição dos poderosos! Estou sentindo nas ruas. Essa é a eleição dos mais humildes. Daqueles que acham que ser governante é delegação dada por eles. E não da vaidade de achar que se é dono do Estado e da vontade das pessoas.”
Eunício e Tasso denunciaram ainda a precária estrutura hospitalar de Crateús. A cidade tem apenas dois médicos cirurgiões para suprir à demanda de outros oito municípios. “Isso mostra que Crateús está esquecida pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado”, disse o tucano. “A saúde do Ceará foi entregue pra alguém que nada de saúde entende. Isso faz da saúde do Ceará a segunda pior do Nordeste”, acrescentou o peemedebista.
Ambos lamentaram a atual situação do sistema de segurança pública. Em 2013, o Ceará registrou cerca de 4.700 mortes violentas (assassinatos, roubos seguidos de morte e óbitos decorrentes de lesões). Trata-se do maior índice da história do Estado. “Temos a vergonha de dizer que nossa capital é a sétima cidade mais violenta do Planeta! Colocaram em carros de R$ 200 mil policiais despreparados ou sem perspectiva. Gastaram cinco vezes mais do que Minas Gerais usou pra reduzir os índices. E aqui a violência aumentou 180%. Só 8% das mortes são desvendadas. Há que se reverter esse quadro perverso”, avaliou Eunício.
Diante da análise de Tasso de que a droga tornou-se uma epidemia nacional e afeta principalmente ao jovem, o candidato do PMDB prometeu alinhar o trabalho das polícias cearenses e criar uma estrutura de amparo e tratamento dos dependentes químicos. Algo hoje inexistente no Ceará. “Precisamos fazer os cearenses voltarem a sentir orgulho de morar no Ceará. E não vergonha. As pessoas estão entristecidas, empobrecidas. Somos candidatos porque não nos conformamos com isso.”
(Assessoria de Imprensa)

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