Feliz Dia das Mães


Neste domingo (9) é o Dia das Mães. E tem gente que vai celebrar alegre a sua primeira data como mãe. A contadora Safira Garcia, de 43 anos, sempre sonhou em ser mãe, mas passou pela frustração de tentativas, tratamentos e acompanhamento médico que não tiveram sucesso. Abriu espaço no coração (e na vida) para receber o filho de outra pessoa para passar a chamar de seu. E, depois de três anos cadastrada no Sistema Nacional de Adoção (SNA), veio o tão esperado telefonema.

- Recebi uma ligação da equipe da Vara da Infância e Juventude que havíamos sido vinculados a uma criança. Após conhecê-lo no acolhimento tive a certeza que minha vida seria transformada. Por conta da pandemia, fizemos algumas visitas virtuais, depois tivemos a permissão de trazer nosso filho para casa para passar o final de semana e, em seguida, recebemos a guarda provisória”, conta Safira.

O filho Ângelo Gabriel tem 4 anos de idade e chegou na casa da família em agosto de 2020. “Com essa chegada me tornei mãe. Foi quando descobri o que é o AMOR para vida inteira. Ser mãe do Biel foi o maior desafio do ano. Aprendo diariamente sobre este universo eterno de educar, amar e ser amada. Em meio à pandemia, enquanto muitos perdiam os seus, eu ganhei um filho, carinhoso, amável e curioso. Ele é igual a mim”, brinca Safira.

Para o processo de ajuizamento da ação de adoção, a família buscou o Núcleo de Atendimento da Defensoria Pública da Infância e Juventude (Nadij), responsável pelas petições iniciais dos processos de adoção e pela assistência jurídica às crianças que estão nas unidades de acolhimento em Fortaleza. Todo o atendimento está acontecendo de forma remota, pelos canais de comunicação criados para atender a população durante o período de isolamento social.

A defensora pública Ana Cristina Teixeira Barreto, titular do Nadij, foi quem acompanhou a família ao longo desse processo. 

- Nosso trabalho é garantir a convivência familiar e comunitária para crianças e adolescentes em situação de risco, seja para família biológica ou para a família substituta, sempre observado o devido processo legal e a ampla defesa. Safira e o esposo passaram por todas as etapas e hoje é muito acalentador contribuir para a materialização desse direito e ver o nascimento de uma nova história de vida para tantas crianças e pretendentes em meio a esse turbilhão de tristes acontecimentos, de tantas perdas em razão da situação pandêmica e caótica que atravessamos. Saber que contribuímos para a esperança, para a felicidade, e dignidade de tantas famílias e crianças é a nossa maior recompensa”, comemora Ana Cristina.

Para a supervisora da Infância Juventude da Defensoria, Julliana Andrade, a finalização desses processos e o prosseguimento de outros trazem esperança e apontam a importância da Defensoria. 

- Mesmo com a Pandemia da Covid-19, não paramos de atuar. Criamos novas ferramentas de trabalho e adequamos a nossa realidade para permitir que os processos de adoção tramitem de forma célere. O atendimento remoto e virtual passou a ser uma realidade e passamos a atender nossos assistidos por videochamada, mensagens por whatsapp e e-mail. Tudo para garantir celeridade e eficiência, fazendo com que todas as crianças adotáveis tivessem seu direito à convivência familiar assegurado por meio de colocação em uma família adotiva”, destacou a defensora.

- Me sinto realizada e o amor vai crescendo a cada dia. Ele é tão nosso que eu não consigo definir que ele não nasceu de mim, porque ele nasceu para mim. Sou muito agradecida a Deus, a minha família e ao meu esposo que me abraçou nessa causa. Ser mãe é a sensação mais intensa que alguém pode sentir, é amar tanto alguém mais do que a si mesmo!”, destaca Safira, que vai passar o seu primeiro dia das mães ao lado do seu filho.

Quero adotar. Como proceder? – O processo de adoção é gratuito e deve ser iniciado na Vara de Infância e Juventude mais próxima da sua residência. Qualquer pessoa pode adotar uma criança ou jovem até 18 anos, que esteja apto à adoção após devido processo legal para este fim. A idade mínima para se habilitar à adoção é 18 anos e a pessoa pode adotar uma criança ou jovem desde que respeitada a diferença de 16 anos entre adotante e adotado. Os pretendentes serão avaliados por uma equipe técnica multidisciplinar do Poder Judiciário. Esse momento é fundamental para entender as motivações e expectativa dos pretendentes. Após isso, o juiz da Infância e Juventude decide se a pessoa está apta. Só aí, ela é inserida no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento.

Serviço
  • No site da Defensoria – www.defensoria.ce.def.br – há um banner vermelho com os contatos de telefones e e-mails dos núcleos especializados da instituição e das cidades que possuem defensores públicos. A população pode ainda ser atendida pelo WhatsApp Business no número (85) 98982-5576 ou ligar no Alô Defensoria, número 129.
  • NÚCLEO DE ATENDIMENTO DA DEFENSORIA PÚBLICA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE – NADIJ
  • Celular: (85) 98895-5716 – (WhatsApp) / E-mail: nadij@defensoria.ce.def.br / Telefone: (85) 3275-7662 – 8 às 17 horas.

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