Opinião sobre o segundo turno presidencial

Após um período considerável (14 anos efetivos) no poder o Partido dos Trabalhadores vê-se sob um risco iminente de perder as eleições nesse segundo turno no dia 28/10/2018. Parte desse risco, segundo depoimento recente de Cid Gomes, deve-se a falta de humildade do PT em reconhecer a avalanche de seus descontroles econômicos, o descaso com as contas públicas, os desdobramentos da operação Lava-Jato e a queda, por assim dizer, de seu maior líder, Luís Inácio Lula da Silva. A arrogância dos principais membros do partido, ainda segundo Cid, criou a figura de Jair Bolsonaro, concorrente direto à presidência do país. Cid mencionou em alto e bom som durante um evento pró Haddad, que o PT tentou se tornar "dono" do Brasil e que a nação "não aceita dono". Dito isto o ex ministro da educação arrematou em seu discurso dizendo que o presidenciável Jair Bolsonaro nada mais é do que fruto dessa indignação dos muitos brasileiros que não suportam mais uma nação de poucos donos...
Isto posto, acredito que o Brasil enfrenta mais uma vez um momento político bem tenso em sua pouca história de democracia, pois de um lado tem-se a permanência de um poder que apesar de seus feitos no país, pouco investiu em políticas de engrandecimento da economia, pouco investiu no ensino de base dos brasileiros e por essa razão tem-se 11 milhões de analfabetos e estudantes de escolas públicas que não acompanham o ensino superior; inúmeros escândalos de corrupção, tendo como carros-chefes o mensalão e a operação Lava-Jato. Do outro lado tem-se um militar da reserva com discursos afiados sobre posse de armas, legitimação de tortura para casos de tráfico de drogas e sequestro, homofobia, dentre outras opções polêmicas, contudo seu plano de economia parece pura e simplesmente vestida de um liberalismo barato com o único intuito de conquistar as massas (estratégia inclusive usada por Lula e outros políticos do passado).
O brasileiro vai às urnas com essa duas opões... Com esperança? Com desilusão? Com desespero que justifica uma ávida mudança de poder? Apenas para cumprir o direito cívico? Sob quais circunstancias utilizam-se palavras de uma etimologia carregada de significado para descrever a personalidade de um presidenciável? 
Votando ou não, ditaduras da ideologia e qualquer outra que se possa efetivar são iminentes nos próximos quatro anos dessa república. 
Acredito que chegamos nessa situação por falta de compromisso e conhecimento sobre os nossos governantes. Sob o slogan do "mito" ou "Haddad é Lula" estamos correndo o risco de termos mais uma vez nossa nação jogada ao ostracismo da discussões mais importantes e planejamentos efetivos na construção de uma nação mais forte economicamente.
Rafael Silva

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