Morre Maurício Benevides

Morreu nesta terça-feira (11), em Fortaleza aos 78 anos, o médico neurologista e cantor Maurício Cabral Benevides.

Maurício Benevides presidia a Academia Cearense de Retórica, onde aparece nesta foto à esquerda com 'imortais' da Academia Fortalezense de Letras, onde também era membro titular.
Filho de tradicional família cearense, era irmão do deputado federal e ex-senador e ex-vereador Mauro Benevides (MDB).
O velório ocorrerá na Funerária Ternura (Rua Tibúrcio Cavalcante com Padre Valdevino) a partir do meio dia. O sepultamento ainda será anunciado pela família.
Na década de 1960, ainda estudante de Medicina, foi crooner do Conjunto Universitária da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Estudantes daquela época iam ao Clube dos Estudantes Universitários (CEU), no Benfica dançar ao som de boleros, samba-canção, bossa nova, samba e marcha de Carnaval cantadas por Maurício Benevides.
Ao lado de Rose Espíndola Benevides, sua mulher, criou o Movimento Literário Terça Nobre, em sua residência e, sendo o segundo vice-presidente do Encontro Musical das Quartas do BNB Clube de Fortaleza.
Quando completou 70 anos de idade, em 2010, Maurício Benevides ganhou homenagem da servidora pública Lúcia Brandão, em artigo publicado no jornal O Estado:
"No Brasil, hoje, as pessoas amantes e admiradoras da boa música, independentemente da idade cronológica, sentem-se, praticamente, impedidas de apreciá-las em sua plenitude, em festas, reuniões sociais ou nos mais variados recantos da cidade.
“Shows”, só para jovens… Não há por parte dos empresários e das autoridades governamentais competentes, projetos para realização de eventos de qualidade, visando atender o gosto musical dos mais velhos, a fim de que estes, tenham, também, o direito de pelo menos uma vez ao mês, assistirem espetáculos musicais de bom nível. Há alguns anos atrás, no entanto, o Governo Federal criou o Projeto 6:30 (à noite) em todo Brasil, patrocinado pela Petrobras. Custava apenas 1 Cruzeiro (acho) e era realizado no Theatro José de Alencar. Que coisa maravilhosa!!! Gente de todas as idades, podiam aplaudir entusiasticamente a “Divina” Elizete Cardoso, Zimbo Trio, Beth Carvalho, Paulino da Viola, Dores Monteiro, Emílio Santiago etc.
Dentro da Medicina exerceu os cargos de diretor do serviço médico da Assembleia Legislativa, onde desempenhou com muita competência, assiduidade e dedicação este mister. 
É o diretor presidente da Clínica Neurológica Dr. Maurício Benevides (Fátima); e foi o 2º vice-presidente da Unimed quando ela foi fundada.
Filho de tradicional família cearense, seu pai era o deputado estadual Carlito Benevides e sua mãe dona Nezinha Cabral Benevides, irmão do deputado federal e ex-senador Mauro Benevides e de Mirtes Amaro Silva.
Paralelamente a Música e a Medicina, Maurício é ligado extremamente à Literatura.
Presidente da Academia Cearense de Retórica, desde 1994. Membro titular da Academia Fortalezense de Letras. Recebeu, ainda, de 21 Entidades Literárias do Ceará o título de Corifeu dos Retores. Na década de 1960, ainda estudante de medicina, era Crooner do Conjunto Universitária da UFC. Milhares de estudantes daquela época iam ao CEU (Clube dos Estudantes Universitários) dançar ao som de inesquecíveis boleros, samba-canção, bossa nova, samba e marcha de Carnaval etc. Era must da época. 
Hoje, ao lado da esposa Rose Espíndola Benevides, criou o Movimento Literário Terça Nobre, em sua residência e, sendo o 2º vice-presidente do Encontro Musical das Quartas – BNB Clube, as pessoas tem o sublime privilégio de se deleitarem ao som de belíssimo repertório ali tocando, cujas canções se destacam pela riqueza de sua linha melódica, associadas a primorosa letra, como se fora uma poesia.
Lembranças de um passado sadio que nos deixa nostálgico, mas muito feliz. Parabéns, Maurício, continue simples, alegre e extremamente atencioso para com todos aqueles que o procuram nas mais diversas necessidades. Que Deus o abençoe, sempre".

O sobrinho e afilhado de Maurício Benevides, Régis Benevides (foto álbum de família) escreveu:
"O dia amanheceu cinza.
Já não posso contar com o afeto, carinho e consideração que meu tio - e padrinho - Maurício Benevides, rotineiramente, me dispensava.
Sempre recebia-me sorrindo em sua clínica, bem ainda as pessoas mais carentes que pedia pra ele consultar e receitar.
Em seu consultório tinha um grande baú, de onde tirava os remédios necessários aos seus pacientes que não tinham situação financeira confortável.
Nunca cobrou aos mais necessitados.
Fazia pela simples pureza de alma, altruísmo mesmo!
O coração dói, a lágrima escorre e surge uma pergunta: porque logo Ele?".

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