Beach Park mantém movimento intenso

Dez dias depois do acidente fatal com o radialista Ricardo José Hilário da Silva, de 43 anos, no brinquedo Vainkará, o movimento no parque aquático Beach Park, em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza, é intenso como o previsto para esta alta estação. O que os usuários estão é mais cuidadosos nas descidas dos brinquedos, obedecendo as regras de segurança. Exceto do Vainkará, que está interditado deste o acidente na segunda-feira (16).
O ator Paulo Zulu é dos brincantes, que não deixou de usar os brinquedos devido o acidente. No domingo (22) ele brincou em quase todas as 18 atrações do Beach Park. "Só não estou preparado para o Insano", comentou numa conversa com fãs, no início da tarde desde domingo. Na mesma conversa, Zulu disse que "o acidente com o radialista foi uma fatalidade".
Assim como Zulu, todas pessoas com quem a Agência Fortaleza de Notícias (AFN) conversou, no Beach Park, afirmaram que não deixaram de brincar nos equipamentos por causa do acidente.
"A gente fica um pouco gelado no começo, mas fui em todos os brinquedos disponíveis mais de uma vez. Não tive medo devido ao acidente. Foi um acidente de fatalidade", destacou o estudante Felipe Gonçalves, de 13 anos, que esteve no parque com um grupo de amigos de Belo Horizonte (MG), na sexta (20) e no domingo (22).
O mecânico Moisés Aires junto dinheiro e trouxe pela primeira vez a família de dez pessoas de Bom Jesus (PI) para um dia no Beach Park.
"Estamos aqui com a vontade de brincar em todos brinquedos. Soube do acidente, mas ele não nos inibiu de vir. Vamos cumprir todas regras de segurança e nos divertir bastante", disse, na entrada do parque no final da manhã de domingo.
Um turista, que não quis se identificar, disse que "não soube do acidente. Só sei que os brinquedos são seguros", afirmou com pressa de entrar para curtir as atrações.
Segundo o Beach Park, o acidente não afastou seus frequentadores. Tanto que o parque neste domingo abriu mais cedo para atender a demanda. Nos dias da semana abre às 11 horas. Neste domingo abriu às 10h30. Dentro do parque, a reportagem anotou centenas de pessoas, a maioria em família, brincando nas atrações mais planas como a Correnteza Encantada, Acqua Show, Acqua Circo, Arca de Noé, Maremoto, Ilha do Tesouro e Aquabismo e mais radicais.
Logo na entrada do parque uma placa avisa que o Vainkará está em manutenção. A manutenção na verdade é interdição por tempo indeterminado. O Beach Park aguarda a presença de representantes da fabricante do brinquedo, a canadense ProSlide para uma vistoria no Vainkará, a última atração inaugurada no sábado (14) e que teve apenas três dias de funcionamento.
O parque estuda a possibilidade de mudar o nome do brinquedo. Tanto que retirou toda propaganda dele. Foi um investimento de R$ 15 milhões que teve dois anos e meio de montagem.
O brinquedo passou as ser o centro das atenções dos brincantes. "Foi aqui que aconteceu o acidente", exclamou uma turista para uma amiga.
Ao lado do Vainkará continua em pleno funcionamento o VaiKuntudo, que é um dos brinquedos radicais como o Arrepius, Kalafrio e Insano.
Nos quatro hotéis administrados pelo Beach Park nos arredores do parque, no Porto das Dunas, não houve cancelamento de reserva devido ao acidente. Neste domingo (22) a taxa de ocupação deles superava os 60%: Oceani (90%), Suítes Resort (77%), Acqua Resort (77) e Wellness Resort (67%).
O movimento de bugueiros também não arrefeceu com o acidente. Os bugres continuam sendo alugados dentro da previsão da associação dos bugueiros do Beach Park que era num incremento de 15% em relação a baixa estação.
As vendas no Vila do Mar, que é o mini shopping no caminho do Beach Park, não diminuíram com o acidente. Idem com a movimentação na barraca de praia do parque. "Caiu um pouquinho no primeiro dia depois que o parque reabriu, mas já voltou ao normal", disse um garçon que a AFN opta por não identificá-lo.

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