Mostra Harun Farocki até amanhã no Cinema do Dragão


Segue até amanhã (20) a programação de filmes da “Mostra Harun Farocki - O trabalho com as imagens”, em cartaz deste a última quinta-feira (14), no Cinema do Dragão. No Cena 15, as duas instalações que integram a mostra podem ser visitadas até sexta-feira, 22. Contemplada no Edital Temporada de Arte Cearense, do Dragão do Mar, a Mostra tem o apoio da Secretaria de Cultura de Fortaleza e do Porto Iracema das Artes. Toda a programação tem acesso gratuito. 

Na sessão das 19 horas de amanhã, serão exibidos Indústria e Fotografia (Alemanha Ocidental. 1979. 35mm. PB. 44min) e A prata e a cruz (Alemanha. 2010. Vídeo (dois canais). Cor. 17min). Às 20h30, encerram a mostra os filmes O papel dominante (Alemanha. 1994. Vídeo. Cor. 35min) e A saída dos operários da fábrica (Alemanha. 1995. Vídeo. Cor e PB. 36min).
Em Indústria e Fotografia (Industrie und Fotografie), fotografia e as indústrias siderúrgicas e metalúrgicas são abordadas de forma íntima, inusitada e intrigante. A primeira implica em poder recuperar historicamente as transformações (des)antropomórficas da indústria, ou de revelar uma lógica que estruturou um mundo, mas também, ela própria, enquanto indústria de reprodutividade técnica.
O filme A prata e a cruz (Das Silber und das Kreuz) examina a pintura “El Cerro Rico y la Villa Imperial” (Óleo sobre tela, 262x181 cm), de Gaspar Miguel des Berrío, 1758, no Museu Colonial Charcas da Universidade San Francisco Xavier, Sucre - Bolívia. Cerro Rico é uma montanha localizada na cidade de Potosí, na Bolívia. Nos séculos XVI e XVII, Potosí pertencia ao Alto Peru. A montanha, então rica em prata, foi intensivamente explorada pela metrópole espanhola. A montagem de Farocki realiza a contra-imagem de um genocídio apagado pela retratação.
O papel dominante (Die führende Rolle) mostra a busca incansável, porém frustrada, das equipes de televisão em 1989, por uma imagem emblemática que cristalizaria o a queda do muro de Berlim. Cinco anos depois, Farocki lançou este filme de montagem de tais filmagens, tentando compreender a “imagem ausente”. 
Em A saída dos operários da fábrica (Arbeiter verlassen die Fabrik) Harun Farocki desvela a própria história do cinema e sua relação com o capitalismo. É uma análise cinematográfica a partir da cinematografia em si. O filme mostra que a sequência dos irmãos Louis e Auguste Lumière em “Trabalhadores saindo da fábrica”, que foi o primeiro filme cinematográfico, já traz o germe de um desenvolvimento social: o ocultamento do trabalho industrial.
PROGRAMAÇÃO DE QUARTA, 20 DE DEZEMBRO
FILMES
19h - Indústria e Fotografia (Alemanha Ocidental. 1979. 35mm. PB. 44min) e A prata e a cruz (Alemanha. 2010. Vídeo (dois canais). Cor. 17min)
20h30 - O papel dominante (Alemanha. 1994. Vídeo. Cor. 35min) e A saída dos operários da fábrica (Alemanha. 1995. Vídeo. Cor e PB. 36min) 
AS INSTALAÇÕES
Parallel I, II, III e IV (2011/2014)
Labour in a single shot (2011/2014)
SERVIÇO
Mostra Harun Farocki - O trabalho com as imagens - Exibição de 12 filmes e duas instalações de um dos mais respeitados e prolíficos realizadores da Alemanha, Harun Farocki.
Filmes: Até 20 de dezembro de 2017 no Cinema do Dragão (Rua Dragão do Mar, 81 – Praia de Iracema). Sessões às 19h e 20h30, exceto no dia 15, que terá sessões às 16h30 e 18h. Classificação indicativa: 16 anos. Não há programação de cinema no dia 18 (segunda). 
Instalações: Até 22 de dezembro, das 10h às 18h, no Cena 15 (Rua José Avelino, n° 495 – Praia de Iracema). Não há visitação no dia 17 (domingo).
Ingressos: Toda a programação tem entrada gratuita.

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