Fala Joana Maciel

A secretária de Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, foi sabatinada pelos vereadores por mais de duas horas no Grande Expediente hoje da CMFor (foto Genilson Lima)
A Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) recebeu na manhã de hoje, durante o tempo do Grande Expediente, a secretária municipal de saúde, Joana Angélica Maciel, e o gerente da Célula de Vigilância Ambiental e Risco Epidemiológico, Nélio Morais. Os gestores apresentaram as ações do Executivo no enfrentamento às Arboviroses e pediram a colaboração dos vereadores no trabalho de conscientização e mobilização social da população no combate ao mosquito Aedes Aegypti.
De acordo com a secretária Joana, as estratégias deste ano são focadas na prevenção, e contemplam ações de educação em saúde e mobilização social para o controle das arboviroses, tendo em vista que 81% dos casos dos focos do mosquito Aedes Aegypti foram encontrados em ambiente residencial. “As residências são os principais criadouros do mosquito, portanto o nosso foco é o combate ao criadouro e precisamos da mobilização social. Cada um, precisa fazer o seu papel, pois a limpeza tem que ser realizada a cada sete dias, devido ao ciclo de vida do mosquito”, destacou.
O mosquito vive entre 30 a 40 dias e passa por quatro fases. Na fase de ovo para larva, ele resiste 400 dias em superfície seca, já a fase de pupa para adulto, ocorre em água parada com a colocação de cerca de 300 ovos de sete em sete dias. A pesquisa revelou que o principal depósito com criadouros de mosquito são as caixas d’água, seguida por cisternas, cacimbas, potes, tanques. Logo depois vem os baldes, vasos com plantas, ralos, piscinas, pneus, garrafas, latas, descartáveis, entre outros. “Precisamos desses dados, para realizarmos o combate vetorial”, explicou.
Dessa forma, as ações são focadas para que a população realize semanalmente a limpeza desses materiais em suas residências. Joana também informou, que a prefeitura atuará em pontos estratégicos como sucatas e imóveis abandonados. “Nosso objetivo é formar agentes multiplicadores de combate ao mosquito transmissor das arboviroses em instituições públicas e privadas, com medidas de prevenção e com a capacidade de identificar e eliminar focos do mosquito.”, pontuou.
A secretária destacou a preocupação com o avanço da Chikungunya. “Em Fortaleza, tivemos 17 mil casos da doença e agora em 2017 já temos um número bem mais elevado. E algo que nos preocupa é a mortalidade, pois temos 32 casos suspeitos e 2 casos de morte já confirmados pela doença. A princípio, a doença afeta as juntas, articulações e o paciente apresenta febre, mas temos casos que atinge também o cérebro, o fígado e o coração, o que aumenta a gravidade da doença, por isso é importante a realização de pesquisas e estudos para traçarmos ações assertivas no tratamento e no combate à doença”, frisou. Quanto as regiões com maiores incidências, Joana informou que até 2016, era a região oeste da cidade de Fortaleza, mas em 2017, migrou para a região leste.
Joana ressaltou que diante do aumento de casos, a prefeitura vem realizando uma força tarefa. Somente de janeiro a abril deste ano, o Executivo já realizou mais de 12 ações no combate ao mosquito. Dentre elas a implantação de brigadas em Escolas públicas e privadas, creches e postos de saúde. A prefeitura também conta atualmente com 27 brigadas e 220 agentes. Esses agentes são responsáveis pela realização de vistorias, para identificar e eliminar focos, devendo ainda apresentar um relatório com o registro das ações, à diretoria da instituição e nos encontros de monitoramentos com a equipe dos agentes de Combate as Endemias da Prefeitura Municipal.
Outra ação desenvolvida pela gestão foi a criação do Comitê Municipal Permanente de Combate às Arboviroses, que conta com mais de 50 profissionais capacitados. Além do projeto “Senhora Faxina”, que visa educar a população utilizando o trabalho do idoso dentro da sua comunidade. A gestão ainda desenvolveu a campanha Dia “D” de Combate ao Mosquito, onde 800 equipamentos públicos recebem ações educativas de prevenção, a cada sete dias. Foi também assinado termo de compromisso com as entidades; Secovi-Ce Sinduscon-Ce, CDL, SINCOPEÇAS, Ormece, 10ª Região Militar, AADIC, Sinepe-Ce, Arquidiocese de Fortaleza e Associação dos Hospitais – Ce (AHECE).
Em relação à assistência na saúde, Joana informou que mais 700 profissionais já foram capacitados para a identificação e o tratamento da doença. “É a partir da identificação, que podemos definir ações cada vez mais assertivas, por isso capacitamos mais de 700 profissionais e implantamos em 19 unidades de saúde, salas de observação do paciente, onde fornecemos hidratação venosa. Nessas unidades também, o resultado do exame sai de forma mais rápida e isso desafoga o trabalho nas Upas e Hospitais”, frisou.
Conforme a gestora, foi criado ainda um grupo técnico de assessoria, com 35 profissionais experts no assunto, para traçar ações estratégicas de combate e enfrentamento da doença. A equipe foi dividida em cinco grupos; epidemiologista, pesquisa, manejo clínico, rede assistencial e comunicação. A secretária finalizou sua fala pedindo o apoio dos pares na ação de conscientização da população e mobilização para o combate ao mosquito. “Esperamos contar com o apoio dos pares para levar essas informações para a população, a fim que possamos juntos combater o mosquito. Nós não fugimos da nossa responsabilidade e temos consciência de que muito trabalho ainda deve ser feito, mas a participação e colaboração de toda a sociedade é fundamental”, frisou.
Assessoria de Imprensa
Anna Regadas

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