Terapia celular

Após a aplicação das células-tronco, tratamento celular já amplamente utilizado há mais de dez anos, a maioria dos equinos portadores de osteoartrite, tendinite ou lesões ósseas apresenta notável recuperação. O diferencial da terapia celular é que ela não possui efeitos colaterais e é de rápida efetividade.
A osteoartrite, que é uma das principais doenças que afetam o sistema locomotor dos equinos, principalmente em animais de competição, tem sintomas como dores fortes nas articulações, rigidez, inchaço da articulação, derrames e inflamação local em graus variáveis.A doença geralmente afeta animais adultos e causa tanto lesões ósseas quanto cartilaginosas. São principalmente os equinos atletas que sofrem com osteoartrites e lesões, resultantes da prática de atividades de alta performance. A terapia celular age de maneira a regenerar o tecido cartilaginoso do animal, de forma a recuperar a lesão e dar a ele a possibilidade de seguir com suas atividades normais tal qual antes de detectado o trauma. O objetivo da terapia celular direcionada aos animais que possuem osteoartrite ou alguma outra lesão óssea ou articular inclui alívio no desconforto, prevenção ou retardo do desenvolvimento de novas alterações degenerativas e restauração das articulações afetadas até o funcionamento mais normal ou indolor possível.
A CellVet-Medicina Veterinária Regenerativa tem o banco de células-tronco que fez de Porto Alegre a segunda capital brasileira a possuir um banco de distribuição deste tipo de célula. Segundo a bióloga, doutora em imunologia e diretora da CellVet, Nance Nardi, muitos donos de animais desconhecem o tratamento com as células-tronco, que além de inovador tem baixo custo e altos índices de êxito depois de aplicadas as primeiras doses. "O tratamento celular pode resultar na cura total do paciente, permitindo não apenas o alívio da dor, mas a volta da capacidade funcional integral do animal", diz a especialista.
Outra doença que atinge os equinos é a tendinite, que é uma lesão músculo-esquelética, com processo inflamatório do tendão. A doença é comum em cavalos de corrida, nos membros posteriores, devido ao esforço necessário. A tendinite tem como principais sintomas o aumento de volume na região dos tendões flexores, sensibilidade dolorosa e temperatura aumentada na região do tendão acometido. A tendinite atinge aproximadamente 30% da população de equinos do Brasil e também pode ser totalmente curada pela terapia com células-tronco.
Exemplo do êxito do tratamento com células-tronco para a cura de doenças tendíneas em equinos é Barak, cavalo da raça PSI – Puro Sangue Inglês -, que voltou a competir no hipismo após 180 dias de tratamento. Com aplicações de injeções de células-tronco coletadas do próprio tecido adiposo (gordura) de sua região lombar, o cavalo se recuperou totalmente. A lesão surgiu quando Barak bateu os membros anteriores em um dos obstáculos durante uma prova. O diagnóstico foi tendinite aguda, com rompimento parcial de um dos tendões.
A terapia celular é indicada para a cura de todas aquelas doenças relacionadas às lesões músculo-esqueléticas nos equinos. Além disso, é reconhecidamente natural já que as células-tronco possuem a capacidade de regenerar a função de tecidos e de outros componentes do organismo, ou seja, a terapia utiliza o próprio corpo do animal para recuperar as áreas lesionadas. "A terapia com células-tronco é também um tratamento sem riscos, que quanto mais for divulgado e entendido pela população, mais será adotado pelos donos dos animais", fala Nance Nardi.
Os donos dos animais também devem saber que os valores do tratamento não são altos. Para os equinos, o valor da primeira dose de células-tronco custa em torno de R$ 1.200,00, e quando necessário, as seguintes ficam no valor de R$ 700,00. A CellVet realiza a terapia com células-tronco desde 2010 e, no mundo, a estimativa é de que o tratamento celular já tenha curado mais de 20 mil animais e de que esse número siga crescendo.


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