Fala Acrísio Sena

Amanhã pela manhã, o Conselho Regional de Medicina do Ceará (CREMEC) vai receber o vereador Acrísio Sena (PT) para discutir o Projeto de Lei Complementar (PLC) 13/2016, do prefeito Roberto Cláudio. O documento trata do licenciamento para instalação de antenas em Fortaleza e modifica as leis hoje vigentes. Segundo Acrísio o objetivo é debater as possíveis implicações das mudanças previstas no PLC para a saúde da população. O Projeto abrange suportes de recepção de rádio, televisão, telefonia e telecomunicações em geral. O CREMEC emitiu, em 2009, o Parecer 25, que diz não existem “resultados conclusivos que possam ser utilizados para tranquilizar a população. Por conta disso, a Organização Mundial de Saúde, mesmo adotando limites de exposição à radiação, pede uma postura de precaução”.
O vereador Acrísio Sena (PT) apresentou Emendas Aditivas ao PLC. A Emenda 001/2016 quer a instituição de Comissão de natureza consultiva, em Fortaleza, com representantes da sociedade civil e das prestadoras de serviços de telecomunicações, para tratar do assunto, conforme os preceitos estabelecidos pela lei federal 13.116/2015. A Emenda 002/2016 proíbe instalação de antenas com distância inferior a 50 metros de hospitais, clínicas, escolas, creches e asilos. O espaço é indicado pela Lei federal 11.934/09. Há ainda a Emenda que prevê realização de LAUDO RADIOMÉTRICO antes da implantação de antenas em áreas sensíveis, tais como hospitais, escolas, creches e asilos.
“Queremos estabelecer parâmetros de proteção seguros, dentro de padrões urbanísticos e ambientais em condições de preservar a saúde da população, adequando as leis locais ao que já existe no plano federal”, explicou Acrísio. Segundo dados da Telebrasil, em outubro de 2015 já havia 2.380 antenas instaladas em todo o Ceará, sendo 888 na capital. “Há pesquisas sobre radiações não-ionizantes desde 1950 e tentativas de regulamentação desde 1970 e há critérios e restrições de organismo nacionais e internacionais – como a OMS e a OIT – que precisam ser observados”, alertou o petista. “O assunto é novo e, embora não haja evidências de malefícios diretos à saúde, todas as autoridades recomendam cautela. Na Argentina, por exemplo, há limites de até 100 metros de distância”, informou o parlamentar, lembrando que existe a Comissão Internacional para Proteção contra Radiações Não Ionizantes (ICNIRP).

Comentários

  1. Há muitas evidências estudadas em todo mundo, e vários estudos emblemáticos no Brasil (http://www.mreengenharia.com.br/tese_ufmg.php) sobre o tema dos prejuízos à saúde causados por exposição à poluição eletromagnética. É preciso controle social para prevenção desta moléstia à saúde pública mundial no nosso estado! Muito cuidado com as argumentações retrógradas das agências reguladoras. É preciso dar espaço aos verdadeiros pesquisadores independentes (pós graduados e pós graduandos de todo mundo estão se unindo para alertar sobre o uso abusivo e sem precaução destas tecnologias sem fio). Parabéns pela preocupação e iniciativa que representa verdadeiramente as angústias da população esclarecida.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Tidy Odonto

Futricas Fortalezenses