Cocó

O secretário cearense do Meio Ambiente, Artur Bruno, fez a primeira reunião com as lideranças comunitárias que vivem no entorno do Rio Cocó para apresentar e discutir o projeto de regulamentação do Parque Estadual do Cocó. Estiveram presentes no auditório do Cocó, hoje representantes e moradores da Sabiaguaba, Caça e Pesca, Zé do Mangue, Pesque e Pague e Cidade 2000. Bruno fez uma explanação do projeto, informando o que é Área de Proteção Permanente (APP), Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) e Área de Proteção Ambiental (APA).
O objetivo principal deste primeiro encontro foi conscientizar as pessoas das comunidades sobre a importância da criação do Parque Estadual do Cocó, dando prioridade ao diálogo e sem prejudicar as famílias que ora estão habitando a área do parque. “A nossa intenção é conversar com todas as comunidades, mostrando a realidade da situação, para que entendam que precisamos criar o Parque e preservar as nossas áreas verdes”.
Artur Bruno lembrou aos presentes que a cidade de Fortaleza tinha 66% de área verde até o ano de 1968. Hoje, com as edificações e ocupações, esse número foi reduzido a 6%. “A regulamentação do Cocó vem se arrastando há 40 anos. O Governo Camilo decidiu trabalhar para que o Parque exista de fato e de direito”, explicou o secretário.
DEBATE COM A COMUNIDADES
Após a apresentação do projeto de regulamentação, o secretário ouviu cada representante das comunidades. Mas tranquilizou a todos: “eu garanto que ninguém será retirando à força dos locais onde estão morando. Dialogar é o melhor negócio. Ninguém será prejudicado. Pelo contrário, a intenção é dar uma qualidade de moradia para quem for possivelmente indenizado”, colocou.
O projeto de regulamentação conta com a parceria da Prefeitura de Fortaleza que já administra a APA da Sabiaguaba, o Parque Natural das Dunas da Sabiaguaba, o Parque Adahil Barreto e a ARIE das Dunas do Cocó. “A parceira está consolidada. Juntos e com apoio das comunidades, deveremos concluir a regulamentação em breve. Mas vamos conversar e chegar a um consenso”.
A reunião contou com a participação da empresa Mosaico, que fez diagnóstico sócio ambiental de todos os imóveis que estão dentro da área onde vai ser construído o parque. São 666 imóveis na área do Parque e 160 nas ARIEs.
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Ao todo, serão três audiências públicas para debater sobre a regulamentação do Cocó. A primeira acontece nesta sexta-feira, às 14h30, na Assembleia Legislativa. Outras duas foram definidas com os líderes comunitários. Uma será marcada na Sabiaguaba, onde há maior número de moradores. A segunda envolverá as outras comunidades do Tancredo Neves, Cidade 2000 e Cordeiro. Esta acontecerá num sábado à tarde, no Parque do Cocó.

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