Bolsas para mães da Maurício de Nassau

Amanhã (sete), às 10 horas, a Faculdade Maurício de Nassau Unidade Fortaleza realiza a entrega de bolsas para cursos de graduação e pós-graduação de Educação a Distância (EAD), para mães contempladas com o projeto Mães Produtivas no estado do Ceará, em atividade formal que comemora o Dia das Mães (dia 8 de maio).
Em sete estados do país, mães de crianças com doenças raras vão receber bolsas para cursos de graduação e pós-graduação via Educação a Distância (EAD). Os benefícios fazem parte do projeto Mães Produtivas, idealizado pelo Grupo Ser Educacional – um dos maiores do país e o maior do Norte e Nordeste, por meio do Instituto Ser Educacional, em parceria com a Aliança de Mães e Famílias Raras (AMAR).
O projeto foi criado para levar a qualificação profissional para essas mães, que não podem fazer aulas presenciais, por conta dos cuidados específicos dos filhos. Ao todo, 50 bolsas serão distribuídas em todo o Brasil. Unidades da Faculdade Maurício de Nassau receberão as mães em Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já os campi Atibaia, Bragança, Guarulhos, Itaquaquecetuba e Dutra, da Universidade UNG, serão os pólos no estado de São Paulo.
Em Fortaleza, as mães que ainda desejam se candidatar para participação nas vagas disponibilizadas para o projeto Mães Produtivas, devem entrar em contato através do telefone (85) 3201-2427 ou através do e-mail ricardo.albuquerque@mauriciodenassau.edu.br
Educação e profissionalização
O Instituto Ser Educacional identificou nessas mulheres uma grande dificuldade na continuidade ou mesmo no início de estudos. Por meio da parceria, veio elaborando o projeto desde o ano passado, graças às plataformas de EAD do Grupo Ser Educacional. "O Mães Produtivas será um dos mais belos e importantes projetos educacionais via EAD do país, pois possibilitará que mães com bebês com doenças raras, como a microcefalia, iniciem ou concluam os estudos sem que precisem se afastar dos filhos. Amor e educação andarão lado a lado", comenta Sérgio Murilo Junior, coodenador-executivo do Instituto.
A educação também deve mostrar um caminho para outro problema social: as mulheres sofrem o estigma da situação econômica e a autoestima baixas. “A maioria das mães raras é cuidadora 24 horas por dia. Mães muitas vezes são chefes de família e, em nosso país, cinco milhões de crianças não possuem o nome do pai em seu registro de identificação. Outra triste estatística aponta para o fato de que 70% das mulheres que recebem filhos com deficiência são abandonadas pelos maridos e tornam-se cuidadoras de alguém, em um processo exaustivo, cujo resultado muitas vezes se desdobra em doenças secundárias para a mãe, como depressão e síndrome do pânico”, relata Daniela Rorato, vice-presidente da AMAR. 
Para Germana Soares, moradora de Ipojuca e mãe de Guilherme, bebê com microcefalia, o projeto é uma grande oportunidade. “Antes de sermos mães, somos mulheres, com sonhos, objetivos e a vontade de nos sentirmos realizadas profissionalmente. A vida nos leva a caminhos que não escolhemos e atrasa essa desejada realização. As Mães Produtivas me dá esse recomeço”.
Sobre a AMAR
Um dos principais focos da AMAR é cuidar de quem cuida, promovendo a autoestima e o empoderamento feminino para as mães de doentes raros. Além de prover assistência estrutural, com doações de fraldas, alimentos, leites e remédios para as crianças, a ONG oferece ainda atendimentos especializados para as mulheres, suporte jurídico, psicológico e encontra parceiros para ajudar a melhorar a qualidade de vida delas. “O projeto com o Grupo Ser Educacional é pioneiro no Brasil e ajudará essas mães a sonhar e a planejar o futuro”, afirma Daniela Rorato, da AMAR.

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