Fala André

O ministro das Comunicações, André Figueiredo, ao abrir hoje, na Fábrica de Negócios, em Fortaleza, o 21º Encontro Regional de Provedores do Nordeste, ratificou a importância dos empreendedores no desenvolvimento social e econômico do país.
"O avanço do processo de inclusão digital no Brasil está diretamente relacionado ao desenvolvimento e à expansão da infraestrutura de acesso à internet pelas empresas de pequeno e médio porte, sobretudo em localidades de menor atratividade econômica", explicou. 
Responsáveis por 22% das conexões por banda larga fixa em todo o Brasil, essas empresas permitiram uma evolução contínua do serviço, pois chegam a lugares onde as grandes operadoras não oferecem capacidade, qualidade e atendimento personalizados a seus clientes. De acordo com a pesquisa TIC Provedores, publicada em 2012, elas correspondem a mais de 99% do total de participantes do setor, com quase quatro milhões de acessos em alta velocidade. Além disso, alcançou a geração, na época da pesquisa, cerca de 70 mil empregos diretos. 
No encontro, que faz parte de uma série que vem sendo realizada em vários estados e já reuniu mais de 1.300 representantes de companhias, o ministro também disse que o governo federal buscou avançar na ampliação da internet no interior a partir de políticas públicas para fomentar o mercado. "Há diversas iniciativas no âmbito regulatório, além de medidas facilitadoras de investimentos e, mais recentemente, medidas para facilitar o financiamento. Nessa linha, foram aprovadas seis medidas no plano regulatório, com destaque para o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), que dá mais transparência e isonomia entre as empresas", comentou, ao valorizar a participação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 
Outro tema de destaque nos debates foi a liberação, no ano passado, da participação de pequenos provedores no leilão de frequências licenciadas. O certame disponibilizou lotes municipais de faixas de 2,5 gigahertz (GHz), além de um lote de 1,8 GHz na região metropolitana de São Paulo. Para André Figueiredo, "o principal objetivo é ampliar a cobertura de serviços de telecomunicações e incentivar a participação de empresas de menor porte ou mesmo de empresas que ainda não atuam com telecomunicações", explicou o gestor da pasta, que estava acompanhado do diretor de Desenvolvimento Sustentável do Banco, Francisco das Chagas Soares.
Investimento 
Para além das iniciativas de caráter regulatório, o MC também investiu em ações de infraestrutura. Em 2010, a Telebras foi reestruturada para fornecer banda larga no atacado, a partir da constatação de que as grandes empresas não são supriam todas as necessidades existentes nos estados. Segundo o ministro, a empresa vinculada ao MC tem sido parceira dos provedores regionais, tendo um esforço prioritário na ampliação das redes de transporte óptico. Isso permite o oferecimento do trânsito IP a preços acessíveis. 
"Em 2015, o backbone da Telebras atingiu 25 mil quilômetros de extensão, chegando a 614 municípios, que englobam mais de 45% da população do país. Além de disponibilizar redes de transporte em municípios subatendidos, sabe-se que a chegada dessa rede estimula a redução significativa dos preços no mercado de atacado de banda larga", analisou, em conjunto com o diretor Comercial da empresa pública, Emilson Barros, e o gerente local, Edson Santana.
Em paralelo, a reformulação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), que será lançado ainda no primeiro semestre deste ano, permitirá que o Ministério avance na estruturação de um fundo garantidor específico para o segmento com R$ 400 milhões. O objetivo é facilitar a obtenção de crédito junto ao mercado financeiro para a construção e modernização de redes. "As empresas de menor porte serão colocadas num patamar central da política pública, pois vamos reduzir as barreiras para acessar as linhas tradicionais de financiamento", concluiu.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Futricas Fortalezenses

Tidy Odonto

Futricas Fortalezenses