Greve dos fiscais de Fortaleza

Reunidos em assembleia, os fiscais do Município de Fortaleza decidiram entrar em greve, a partir de amanhã por melhorias salariais.
A categoria segue sem reajuste desde 2012 e com a menor remuneração do Brasil.
De acordo com a presidente da Associação dos Fiscais do Município de Fortaleza (AFIM), Ana Lúcia Oliveira, “a categoria está com um sentimento de insatisfação muito grande e se sentindo enrolada”. 
esde o segundo turno das eleições, em 2012, que a entidade procurou o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), solicitando a reestruturação da fiscalização.
Ana Lúcia afirma que categoria contribuiu bastante para a criação da Agência Municipal de Fiscalização (AGEFIS), no fim de 2014.
“A partir daí, iniciamos a batalha pela melhoria salarial”, acrescenta.
Entre os pontos reivindicados ao Prefeito estão a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), com a consequente revisão da remuneração salarial, e a elevação do número de pontos da GFAE, que é a gratificação de desempenho.
A Mesa Setorial de Negociação da Fiscalização com a Prefeitura só foi instalada no fim de setembro de 2015.
“Um grupo de trabalho se debruçou em uma nova fórmula para a GEFAE, na expectativa de um incremento financeiro, uma de nossas reivindicações”, explica a presidente da AFIM.
Em janeiro deste ano, a mesa de negociação iniciou suas reuniões com a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEPOG) para verificar a margem financeira de reajuste.
“Formou-se um novo grupo de trabalho para verificar o que já vínhamos afirmando: os fiscais municipais de Fortaleza têm a menor remuneração do Brasil”, destaca.
Em março, a Prefeitura disse que não tem margem financeira para atender às reivindicações.
“Aprovamos estado de greve, o Prefeito marcou uma reunião e mandou sua equipe estudar uma emergência, comprometendo-se a enviar para a Câmara Municipal, ainda em 2016, a revisão do PCCS do ambiente da fiscalização”.
No entanto, sexta-feira (18), a SEPOG, numa nova reunião, disse que o que pode disponibilizar é uma espécie de abono de R$ 200,00 até dezembro, supondo-se que, em janeiro de 2017, o novo PCCS passaria a vigorar.
“Não tem nada amarrado, a não ser a palavra do prefeito. Sabemos que a PMF não deve estar mesmo confortável financeiramente, mas a estratégia deles deveria ter sido de abrir o jogo”, completa.
Serviço
Greve dos Fiscais de Fortaleza e Doação de Sangue Coletiva
Data: 30/03/2016
Mobilização: 9 horas, em frente a AGEFIS (Rua Francisco Jose Albuquerque Pereira, 1020, Passaré)

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