Fala Cássio Borges

Recebemos de Cássio Borges:
"
Caros amigos

Certamente, não é a primeira vez que lhes envio este e-mail mas faço questão, no inicio deste ano, de ressaltar este assunto para não perdermos, mais uma vez, o bonde da história. Sei que não há como recuperar o tempo perdido. Poderemos até avançar e conquistar novos degraus na escala da história, mas nunca jamais recuperaremos o tempo perdido. Para avançar precismos reconhecer os erros do passado. Foi isto que aprendi no primeiro ano de Escola de Engenharia em Recife: "Em engenharia não devemos esconder os erros cometidos no passado". Não podemos esquecer que por "negligência e imperícia" além de "irregularidades técnicas e administrativas" ocorreu o lamentável episódio do rompimento do dique do Açude Gavião que provocou súbta inundação em ampla área da capital cearense, levando risco de vida para mais de 30.000 pessoas, além de prejuízos materiais" (trecho do laudo técnico assinado pelo professor Thophilo Ottoni e por mim no no ano de 1995, atendendo solicitação da Câmara de Vereadores de Fortaleza). Fato semelhante poderia ter ocorrido no Açude Castanhão, conforme relatei em artigo para o Jornal O Povo no dia 01.02.2015. É possível que alguns de vocês possam achar que eu esteja insistindo com este assunto, mas diz o provérbio latino "Quid abundat non nocero" (O que abunda não prejudica). Que os exemplos acima sirvam de advertência para os que lidam com obras hidráulicas no Ceará portadoras de riscos para as comunidades. Cássio


PARA CONHECIMENTO DOS MEUS WEB LEITORES:



Caro Valdemar
Acho que já havia lhe enviado este dois artigos sobre o Açude Castanhão que datam da época em que você era Editor do Jornal O Povo, em 1997. Como eu disse no texto abaixo "publicados anterior ao livro que escrevi A FACE OCULTA DA BARRAGEM DO CASTANHÃO - Em Defesa da Engenharia Nacional, de 1999. Dentre os dezenas de comentários que recebi a respeito desses dois artigos, destaco este, abaixo, de uma amigo que reside em Belo Horizonte, Apolo Heringer Lisboa, conceituado ambientalista do Estado de Minas Gerais, autor do Projeto Manuelzão que visa a despoluição e recuperação ambiental do Rio da Velha. Em 2013, Apolo Lisboa, foi escolhido a "Personalidade Ambiental do Brasil" pela Comissão que concede o "Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade e Amor à Natureza", promovido pela AES CORPORATION, o "OSCAR DA ECOLOGIA", em 11.12.2013. Transcrevo, na íntegra, o referido comentário:
"Prezado Cássio 

Li atentamente os seus dois agradáveis textos, belissimamente escritos, que me lembrou Charles Chaplin quando disse sobre sua arte: “ se o que você faz é engraçado, você não precisa sê-lo!”. 

O secretário citado é tão superlativo e hilário que você apenas mostrou o que ele escreveu, no máximo sublinhando algumas partes, e ficou jocoso por si só. Veja a que nível de ridículo se chega e como a nossa dívida externa cresceu e continua crescendo. Este tipo de voo livre seria até aceitável, mas apenas como hipótese para ser confirmado ou não, tecnicamente, como um arquiteto deve fazer discutindo suas ideias com engenheiros e estudando os materiais existentes no mercado da construção. Porém, que temerário foi o secretário quando ousou pontificar, com tanta liberdade, sobre uma questão tão complexa tecnicamente? 

Agradeço muito, pois aprendi demais. Você é um cara batalhador e honesto, o Brasil seria outro com mais gente assim. Como ouvi há uns 25 anos, em Havana, um cubano dizer defendendo seu país: “aqui se admite errar metendo las patas(burrices!) mas nunca metendo las manos (ou seja roubando!). 
Permita-me, apenas, arriscar-me levantando a bola para sua crítica: até que medida tem um pouco deste aventureirismo criativo do secretário no DNA do projeto da transposição das águas do São Francisco nos eixo Leste e Norte, da forma que saiu aprovado? 

Boas festas com sua família e um abençoado 2016 para todos. 
Ap

olo Heringer Lisboa

Idealizador/fundador do Projeto Manuelzão (PMz)

São Francisco watershed-cuenca/Brasil

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