Animais aquáticos


O Brasil tem grande potencial de desenvolver a aquicultura, ou seja, a criação de animais em meio aquático. Isso vem sendo repetido cada vez mais, tanto por instituições públicas, como por empresas do setor privado. Mas, então, o que falta para esse potencial ser transformado em realidade?
Para Eduardo Ono, representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), "na área tanto da pesca, quanto da aquicultura, que têm um produto comum (que é o pescado), um dos grandes gargalos hoje é a questão da comercialização. A cadeia de comercialização precisa melhorar muito pra que a gente consiga que os nossos consumidores passem a consumir mais pescado brasileiro e não tanto o importado".
A afirmação foi feita durante a Feira Nacional do Camarão (Fenacam), evento que acontece até amanhã, em Fortaleza. Normalmente, o pescado de fora do país é vendido já pronto para o consumo e grande parte do nacional ainda é comercializada em forma de matéria prima.
E como resolver isso? "Através da industrialização. Eu acho que você criar facilidade pro consumo, praticidade e segurança alimentar principalmente, confiabilidade. Tudo isso agrega valor", defende Eduardo, que vem do setor produtivo aquícola brasileiro.
Produção e mercado – Osmar Baquit, secretário de Agricultura, Pesca e Aquicultura do Ceará, apresentou números sobre a produção de pescado no estado. Segundo ele, "o estado do Ceará, hoje, é o maior produtor de camarão do Brasil. Esse 2014 fechou com 40.000 toneladas e nós queremos fechar 2015 com 50.000 toneladas". Ainda de acordo com o secretário, o estado e o Rio Grande do Norte produzem 78% do camarão do Nordeste. 
Itamar Rocha preside a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC). De acordo com ele, "a produção mundial de pescados, segundo os dados divulgados pela FAO, já é duas vezes maior do que a de carne bovina e uma vez e meia maior do que a de aves". O presidente citou que, em 2013, as exportações mundiais de pescado somaram U$ 140 bilhões, quase três vezes a soma dos demais tipos de carne, que chegaram a U$ 48 bilhões naquele ano.
Muito se fala do mercado chinês em geral. No caso do potencial para consumo de pescado, não é diferente. Mas Itamar lembrou da Índia: "um dado que está despertando uma atenção especial do setor pesqueiro mundial está relacionado com a real perspectiva de aumento do consumo de pescado da Índia, que já conta com uma população seis vezes maior do que a do Brasil, com destaque para a classe média alta crescente, mas que ainda apresenta baixo consumo de pescado".
Feira – a Fenacam está tendo a participação de representantes de instituições públicas e privadas. Pesquisadores e analistas da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) estão no evento, inclusive com apresentações orais e de pôsteres impressos sobre trabalhos e pesquisas desenvolvidos pela Empresa. As discussões da feira envolvem não apenas o camarão, mas diversas outras espécies aquáticas. O site do evento é o http://fenacam.com.br/.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Futricas Fortalezenses

Tidy Odonto

Futricas Fortalezenses