Greve dos petroleiros

Após tentarem por mais de cem dias negociar com a Petrobrás a Pauta pelo Brasil, onde cobram a interrupção do processo de terceirização em curso na empresa e a retomada dos investimentos no país, os petroleiros entram em greve neste domingo (1/11), por tempo indeterminado. O aviso de greve foi feito pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e por seus sindicatos filiados, durante audiência realizada ontem, com o Ministério Público do Trabalho, no Rio de Janeiro. 
A Petrobrás, que também havia sido convocada para a reunião, não compareceu. "A ausência da empresa reflete o desinteresse em buscar uma solução negociada no que diz respeito às questões levantadas pela Federação e principalmente sobre o regramento da greve", destacou o Ministério Público na ata da audiência.
Os petroleiros irão interromper suas atividades a partir das 15 horas de domingo, em cumprimento ao prazo legal de 72 horas de antecedência que é estabelecido para comunicação da greve.
Na audiência com o MPT, a FUP ressaltou que o Plano de Negócios e Gestão da Petrobrás afeta drasticamente a sociedade brasileira e a vida de milhares de trabalhadores que estão sendo demitidos pelo país afora. Os cortes de investimentos, venda de ativos, interrupção de obras e paralisação de projetos impactam o desenvolvimento do país e a soberania nacional. Segundo estudos da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, para cada R$ 1 bilhão que a Petrobrás deixa de investir no país, o efeito sobre o PIB é de R$ 2,5 bilhões. Se o Plano de Negócios da empresa não for alterado, a estimativa é de que 20 milhões de empregos deixarão de ser gerados até 2019.
O que querem os petroleiros?
Impedir o desmonte da Petrobrás e das conquistas que os trabalhadores e o povo brasileiro garantiram, após anos de luta. Esse é o objetivo central da luta que os petroleiros vêm travando pela revisão do Plano de Negócios da Petrobrás. As principais reivindicações estão expostas na Pauta pelo Brasil, que foi aprovada durante a 5ª Plenária Nacional da FUP, realizada entre 01 e 05 de julho, em Guararema (SP), e protocolada na Petrobrás em sete de julho.
Manutenção da Petrobrás como uma empresa integrada e indutora do desenvolvimento nacional.
· Suspensão da venda de ativos e conclusão das obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), da Refinaria Abreu e Lima (PE) e da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Mato Grosso do Sul (Fafen-MS).
· Preservação da política de conteúdo nacional, com construção de navios e plataformas no Brasil.
· Garantia de que as riquezas do pré-sal sejam exploradas pela Petrobrás, em benefício do povo brasileiro.
· Implementação de uma nova política de saúde e segurança que garanta o direito à vida e rompa com o atual modelo de gestão que já matou 16 trabalhadores só este ano.
· Recomposição dos efetivos.
· Preservação de todos os direitos conquistados pelos trabalhadores.
Serviço:
GREVE NACIONAL POR TEMPO INDETERMINADO DOS PETROLEIROS
NO CEARÁ: Concentração na Lubnor (Avenida Leite Barbosa, S/N - Mucuripe) Portão B;
Quando: Domingo, a partir das 15 horas de domingo (primeiro de novembro).

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