Bienal da Dança

O grupo Raiz Di Polon, da Cidade de Praia, no Cabo Verde, é atração da X Bienal Internacional de Dança do Ceará amanhã, em Fortaleza. A apresentação acontece às 21 horas no SESC Senac Iracema. Também nesta terça-feira, a Bienal chega ao Cariri, onde acontece até sexta-feira, em Juazeiro do Norte e Crato. Toda a programação da Bienal é gratuita.

Raiz di Polon foi fundado em 1991 em Cabo Verde. Estreou seu primeiro espetáculo em 1997, “Até ao fim”, que foi apresentada em Cabo Verde e Portugal. Desde então, já ganhou diversos prêmios e se apresentou em mais 40 países. Em 2006, foi criada a Escola de Dança Raiz di Polon, diretamente ligada à Companhia. No espetáculo Cidade Velha dançam também alunos da Escola. Raiz di Polon esteve pela primeira vez no Ceará em janeiro deste ano, quando se apresentou em Paracuru e Itapipoca, no Festival de Dança do Litoral Oeste.

BIENAL NO CARIRI

A programação no Cariri começa nesta terça com a Cia Híbrida, do Rio de Janeiro, apresentando "Moto Sensível", às 20 horas, no SESC Juazeiro do Norte. Na quarta-feira, a Cia Híbrida segue para o Crato, com apresentação às 20 no Largo da RFFSA, e Alysson Amancio Cia de Dança, de Juazeiro do Norte, estará com "KARIMAI" às 20 horas no CCBNB de Juazeiro. Na quinta, 29, Alysson reapesenta o espetáculo no Largo da RFFSA, no Crato, às 19 horas, seguido do espetáculo "Intérpretes em Crise", de Clarice Lima, bailarina cearense residente em São Paulo, e Aline Bonamin, de São Paulo. Encerrando a programação no Cariri, Clarice Lima estará na sexta-feira com o espetáculo na Associação Dança Cariri, a partir das 20 horas.

OFICINAS NO CARIRI 

Na quarta-feira, a Cia Híbrida ministra na RFFSA a oficina Dança Híbrida Urbana, onde propõe o desenvolvimento dos estilos Breaking, Hip Hop Dance e Waackin'. Através de exercícios de aquecimento e alongamento, sequências técnicas e jogos de grupo, apresenta-se uma metodologia que visa o desenvolvimento progressivo e uma participação mais ativa do estudante nos processos de pesquisa e aprendizagem do movimento. A atividade acontece das 8h às 12h, sendo destinada a estudantes de dança a partir dos 12 anos. A inscrição é gratuita.

Na Associação Dança Cariri, Clarice Lima e Aline Bonamin ministram a Residência Artística Dançar Dói, na sexta-feira, das 14 às 17 horas. A Residência Artística Dançar Dói é um ambiente de troca e prática reflexiva que convida profissionais e estudantes de dança a mergulharem no universo do espetáculo Intérpretes em Crise com o desejo de pensar formação, criação e difusão em dança. Durante a oficina, Clarice Lima e Aline Bonamin irão compartilhar ferramentas, procedimentos e referências que dialogam com essa crise do dançar para juntos refletir, discutir e problematizar o quê e como jovens criadores estão produzindo dança hoje em diferentes contextos.

A BIENAL DE DANÇA

A X Bienal Internacional de Dança do Ceará acontece de 23 de outubro a 08 de novembro em Fortaleza (23.10 a 02.11), Sobral (23 a 25.10), Juazeiro do Norte (27 a 30.10), Crato (28 e 29.10),São Gonçalo do Amarante - Taíba (30 e 31.10), Paracuru (31.10 e 01.11), Itapipoca (03 e 04.11),Trairí (05 e 06.11) e Uruburetama (07 e 08.11), com o Patrocínio da Petrobras, Governo Federal e Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria da Cultura, e o Co-Patrocínio da Caixa. Agradecimento Especial: Coelce. Apoio institucional: Institut Français, Prefeituras de Itapipoca, Trairí, Paracuru, São Gonçalo do Amarante, Uruburetama, Crato e Sobral.

OS ESPETÁCULOS

Raiz di Polon: Cidade Velha(2011)

Cidade Velha se inspira na vila de mesmo nome, situada a 15 km da Praia, na costa de Cabo Verde. A disposição do cenário e dos corpos dos bailarinos refletem os limites físicos duma aldeia quase sem saída. A poesia é um destaque no espetáculo, recitados pelos bailarinos durante a coreografia. 

Concepção, coreografia e direcção Mano Preto (José Emanuel Brandão) Textos Jeff Hessney Trechos de poemas de José Luís Tavares Também participaram na criação Luís da Rosa, Djamilson Barreto,José Rui Mendes Cardoso, Carlos Oliveira, Rosy Timas Tavares, Susana Quaresma Música Mário Lúcio Sousa, Jeff Hessney, Fernando “Ndu” Carlos, Kodé di Dona, Nha Nácia Gomi, Raiz di Polon, Manuel d’Novas, B. Leza Fotos Jeff Hessney e Heler Paz Moneiro Participantes Mano Preto(José Emanuel Brandão), Carlos Oliveira, Rosy Timas Tavares, Luís Vieira, Jeffery Hessney.

Raiz di Polon foi fundado em 1991 em Cabo Verde. Estreou seu primeiro espetáculo em 1997, “Até ao fim”, que foi apresentada em Cabo Verde e Portugal. Desde então, já ganhou diversos prêmios e se apresentou em mais 40 países. Em 2006, foi criada a Escola de Dança Raiz di Polon, diretamente ligada à Companhia. No espetáculo Cidade Velha dançam também alunos da Escola.

Cia Híbrida (RJ): Moto Sensível (2013 | 60min | 16 anos)

Através de processo colaborativo, da mescla de impressões, histórias dos próprios intérpretes e composições de movimento, esta obra também se pretende uma lente de aumento direcionada ao dançarino de rua, na beleza de sua movimentação, na força e energia de um corpo vigoroso e "sem limites".

Concepção e direção Renato Cruz Assistente de direção, preparação corporal Aline Teixeira. Produção executiva Steffi Vigio Intérpretes Jefte Francisco, Raphael Lima (Russo), Luciana Monnerat, Luciano Mendes (Duly Omega), Daniel Oliveira, Fábio Max, Marjory Lopes, Mailson Morais, Kapú Araújo Colaboração Marise Reis e Paulo Azevedo Iluminação Gil Santos Trilha SonoraLeonardo Miranda Cenografia Thiago Christensen Fotografia Rodrigo Buas Design gráfico Isabela Schubert.

Criada em 2007 e dirigida pelo bailarino e coreógrafo Renato Cruz, a Companhia Híbrida é hoje uma das mais atuantes do Rio de Janeiro. Recebeu diversos prêmios, como Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna. Em 2015, através do patrocínio de O Boticário na Dança, pelo Governo do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro, a Cia Híbrida inicia circulação de seus espetáculos pelas cinco regiões do Brasil.

Alysson Amancio Cia de Dança (CE): Karimai (2015 | 50min | Livre)

Karimai é um espetáculo de dança contemporânea que nos convida a perceber as cores. Este trabalho é uma homenagem ao artista visual Luís Karimai, mas também um convite para que todos nós enxerguemos a vida com mais afeto.

Direção, concepção e coreografia Alysson Amancio Direção executiva Rosilene DinizBailarinos/Criadores Allef Lira, Erick Bruno, Fernanda Jayne, Leonard Alves, Luciana Araujo,Lucivania Lima, Maria Lima, Kelyenne Maia, Kelianne Muller, Rosilene Diniz, Suzana Carneiro,Thiago Gomes e Yago Gomes Figurino Ariane Morais Assistente de figurino Marta BenjamimConcepção e operação de luz Jamal Coorleone Cenografia Geraldo Junior Trilha Sonora OriginalFrancisco Difreitas Fotografia Souza Junior Produção geral Luciany Maria Assistência de dramaturgia Eneida Feitosa, Penha Karimai e Elisangela Rodrigues Ensaiadoras Luciana Araújo eRosilene Diniz Professora de balé da cia. Mara Santana.

Alysson Amancio Cia. de Dança desenvolve pesquisas em novas linguagens coreográficas contemporâneas. Alysson, coreográfo da companhia, formou-se no Curso Superior de Dança da UniverCidade/RJ. Em 2006 retornou ao Juazeiro do Norte/Ce, onde uniu-se a outros profissionais da dança da região iniciando encontros diários de aulas, trabalhos corporais e pesquisas.

Clarice Lima (CE): Intérpretes em Crise (2014 | 40min | Livre)

Intérpretes em Crise questiona o lugar do intérprete na contemporaneidade, problematiza a formação do Intérprete Incrível e chora as condições dadas para a criação e difusão de um espetáculo de dança contemporânea. Intérprete que quer ser intérprete. Faz 3 aulas por dia. Toma redbull e relaxante muscular. Dança numa grande companhia. Não come glúten. Pinta o cabelo de acaju. Tem espetáculo agendado até 2015. Isso é tudo que sempre quis. Se sente cansado a maior parte do tempo, não vai operar o joelho, engordou, emagreceu, engordou, emagreceu e começou a fumar. Não é um jovem coreógrafo. Adora camarim, cheiro de mofo e naftalina. Não escreve projetos nem trabalha com produção. Leu "Dançar a Vida" de Roger Garaudy. Dança de meia no linóleo. Gosta de romance, cinema e de drink no dancing. Dançar dói.

Direção e concepção Clarice Lima Criação e performance Clarice Lima e Aline Bonamin FigurinoClarice Lima e Aline Bonamin Criação de Luz Clara Rubim e Clarice Lima Operação de luz Clara Rubin Colaboração Cristian Duarte, Tarina Quelho e Carolina Mendonça Produção e realizaçãoClarice Lima & Gente Fina, Elegante e Sincera Co-produção Lote Apoio Casa do Povo Apoio figurino Onitsuka Tiger e Agência Lema Agradecimentos Renan Costa Lima, Cristian Duarte e Lote,Benjamin Seroussi e Casa do Povo, Carol Mendonça, Tarina Quelho, Júlia Rocha, Leandro Berton, Patrícia Araujo, Rosana Mara e MTD 2007.

Coreógrafa cearense, formada em dança pela Escola de Dança Moderna MTD - Amsterdamse Hogeschool voor de Kunsten, Holanda, Clarice Lima vive em São Paulo e desenvolve parcerias e estratégias criativas para seguir produzindo seus trabalhos, entre eles Intérpretes em Crise, Árvores, DPI Experimento Espetacular e Eles Dançam Mal. É residente do projeto LOTE.

SERVIÇO

X Bienal Internacional de Dança do Ceará - De 23 de outubro a 08 de novembro com programação em Fortaleza (23.10 a 02.11), Sobral (23.10 a 02.11), Juazeiro do Norte (27 a 30.10), Crato (28 e 29.10), São Gonçalo do Amarante - Taíba (30 e 31.10), Paracuru (31.10 e 01.11), Itapipoca (03 e 04.11), Trairí (05 e 06.11) e Uruburetama (07 e 08.11). Endereços e outras informações:www.bienaldedanca.com. Tel: (85) 3497-5981 / 3268-3034 / 98733-8812. TODA A PROGRAMAÇÃO É GRATUITA.