Fala Ciro

Ciro Gomes (PDT), em entrevista hoje a Rádio O Povo/CBN, disse que o desmantelo no Brasil está tão grande que exigirá do próximo presidente da República um esforço inumano. O comentário foi feito em resposta à pergunta se ele ainda teria vontade de ser presidente. "Posso ser. Nesse momento, não tenho vontade mais de ser não, porque é quase inumano o que esperam do próximo presidente da República. O desmantelo está tão grande, tão grave, que a concessão de espaço para essa gente cria um problema", respondeu. Ao longo da entrevista, Ciro fez duras críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o acusou de criar mil despesas para fragilizar o governo brasileiro para derrubar a presidente Dilma Rousseff.
Ciro Gomes aproveitou para lamentar o fato de a presidente Dilma, no início deste ano, ter ficado ao lado de Cunha e aceitado o pedido de demissão do irmão dele, Cid Gomes (ainda no Pros), do Ministério da Educação. "A Dilma ficou com o bandido e aceitou a demissão do sério", afirmou Ciro. Ele também acusou aliados de Dilma de fazer "joguinho de comadres" para tirar proveito da situação. "Cadê a opinião do Tarso Genro sobre o Eduardo Cunha? Ele é do PT, e eu não sou. Cadê a opinião aqui do Eunício Oliveira? Cadê a opinião dele sobre o Eduardo Cunha e sobre o Renan Calheiros?", cobrou. "Está todo mundo ganhando, mamando. Todo mundo conveniente, num joguinho de comadres, de roubar, e o povo que pague a conta", atacou em seguida.
Ciro disse que o ex-presidente Lula "deu Furnas para Eduardo Cunha" e que o deputado usou isso para se beneficiar financeiramente e politicamente. "Todo mundo que quer despachar uma hidrelétrica no Brasil paga um toco (comissão) para o cara. Aí ele vai juntando uma montanha de dinheiro, bota a metade no bolso e a outra ele divide com os colegas. Aí vira presidente da Câmara, porque comprou, pagou dinheiro, financiou campanha dos colegas", afirmou.
"E a partir da presidência da Câmara, passa a ser na linha de sucessão o cara que vai receber o impeachment da presidente. E o pior não é isso. O pior é que ele passa a criar mil despesas para quebrar o governo brasileiro e, portanto, fragilizar a Dilma e ele virar presidente da República. É isso o que está acontecendo hoje", continuou Ciro Segundo ele, o povo brasileiro não estaria zangado com a roubalheira, mas pelo fato de ter sido enganado nas eleições. "A gente fica zangado com o governo, porque votou numa coisa e está recebendo outra. A zanga nossa não é propriamente com a ladroeira, que também é muito absurda a gente, principalmente o trabalhador, chegar cansado em casa com medo da violência, maltratado no posto de saúde e etc, ligar a televisão e todo santo dia e ouvir a notícia podre, mal cheirosa, fedorenta da ladroeira dos políticos. Isso em cima de uma enganação. Ninguém aguenta mais".

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