Combate ao Fumo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta. Em países desenvolvidos, por exemplo, constatou-se que o tabaco mata mais que o álcool e a cocaína juntos. Estima-se que 1/3 da população mundial seja tabagista. Pensando nos malefícios causados pelo cigarro, foi instituído na década de 1980, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto. A data tem o objetivo de reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.
“Embora o câncer de pulmão seja uma das doenças relacionadas ao cigarro mais temidas, temos inúmeras outras, com relação direta, cientificamente comprovadas”, afirma o clínico geral do Hapvida, Dr. Vitor Sarmento. As principais doenças são as pulmonares (bronquiolite, enfisema, fibroses pulmonar), osteoporose, úlcera gástrica, acidente vascular cerebral - AVC, infarto agudo do miocárdio, dentre outras patologias vasculares como formação de trombos e microaneurismas, além de fator de risco para outros cânceres - pâncreas, rins, bexiga e do trato gastrointestinal.
O cigarro causa danos por meio de três mecanismos principais: lesão térmica pelo calor da fumaça, toxidade dos componentes inalados, ação psicoativa de algumas substâncias - nicotina. A temperatura no cigarro pode ultrapassar os 800ºC. A fumaça aspirada causa uma agressão direta à mucosa da boca, garganta e da árvore respiratória.
“As altas temperaturas também modificam a estrutura de alguns componentes, liberando, em sua fumaça, milhares de substâncias tóxicas, inclusive radicais livres. Em contato com as células, elas aumentam o estresse oxidativo, favorecendo mutações precursoras do câncer”, afirma Vitor Sarmento.

Fumantes Passivos
As pessoas que não fumam diretamente, os chamados fumantes passivos, também correm sérios riscos. Segundo o médico, estima-se que, ao conviver com um fumante, inala-se o equivalente a 1% dos cigarros consumidos por este último. “Vale ressaltar que as principais vítimas do fumo passivo são as crianças. Não só devido o aumento das complicações respiratórias, mas também porque acabam sendo condicionadas de que "Fumar é certo"”, afirma.

Tratamento
O tratamento do tabagismo deve ser acompanhado por um profissional médico, tanto para orientação, como para o tratamento clínico das crises de abstinência que podem advir. Ao contrário de outras drogas, a redução progressiva da quantidade de cigarros consumidos não se mostrou eficaz no auxílio de largar o vício. Ao contrário, pacientes que tentam reduzir o consumo de forma gradativa tendem a apresentar crises de abstinência mais intensas. Assim, ao decidir-se por parar de fumar, recomenda-se a parada imediata, assim como afastar-se de tudo que tenha relação com o hábito diário.
É importante salientar que o corpo pode recuperar-se dos danos causados pelo fumo após a interrupção do hábito. Acredita-se que após um ano sem fumar, os prejuízos comecem a decrescer. Em 10 anos de pausa, os riscos de infarto e câncer decrescem vertiginosamente e podem chegar aos mesmos níveis dos de um não-fumante.
“Lembrando que não é uma conquista fácil, mas que pode ser auxiliada com medicações e terapias específicas”, conclui Vitor Sarmento.

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