Terremotos a Nordeste de Fortaleza

Dois tremores aconteceram ontem e hoje na Cordilheira Meso-Oceânica. Embora esses eventos tivessem sido bem registrados pelas estações operadas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) nenhum deles consta nem da lista do USGS nem na lista do EMSC.

No entanto, os dois eventos constam da lista da Universidade de São Paulo (http://www.sismo.iag.usp.br/portal), que utilizou os dados das estações operadas pela UFRN (RCBR + RSISNE) bem como outras estações da RSB (Rede Sismográfica Brasileira) para determinar os epicentros dos eventos.
O primeiro evento ocorreu ontem, às 4h45 e teve magnitude 4.7 graus. O epicentro do tremor está localizado a aproximadamente 75 km a SW de São Pedro e São Paulo (portanto, dentro do limite das 200 milhas ou 270 km), a 560 km a NNE de Fernando de Noronha, a 880 km a NNE de Touros, a 910 km a NNE de Natal e a 1.060 quilômetros a Nordeste de Fortaleza.
O segundo evento ocorreu hoje, às 7h32 e teve magnitude 4.5 graus. O epicentro do tremor está localizado a aproximadamente 285 km a WSW de São Pedro e São Paulo (portanto, fora mas bem próximo do limite das 200 milhas ou 270 km), a 440 km a N de Fernando de Noronha, a 710 km a NNE de Touros, a 750 km a Noroeste de de Natal e a 860 quilômetros a Nordeste de Fortaleza.
O mapa de localização epicentral está na Figura 1.


Figura 1. Mapa de localização epicentral. O epicentro do sismo do dia 25 está simbolizado pela estrela verde. O epicentro do sismo do dia 26 está simbolizado pela estrela vermelha. Os triângulos vermelhos indicam a localização das estações de Morrinhos (NBMO) e de Riachuelo (RCBR). O triângulo vermelho indica a localização da estação de Riachuelo (RCBR). Os triângulos azuis indicam a localização das estações da rede RSISNE.
O registro do evento do dia 26 na estação RCBR está na Figura 2.

Figura 2. Sismograma de 24h da estação RCBR. O registro do evento está dentro do retângulo vermelho.

O exemplo dos dois eventos de ontem e hoje mostra a importância da rede RSISNE não só no monitoramento da sismicidade na parte continental como também oceânica. Dessa a sismicidade da cordilheira meso-oceânica, principalmente na região mais próxima ao Nordeste do Brasil, pode ser melhor conhecida. Deve-se levar em consideração que nem todas as estações da rede RSISNE estão transmitindo em tempo real para a UFRN o que, quando ocorrer, melhorará, em muito a determinação epicentral.
Fonte: LabSis/UFRN, USP
Joaquim Ferreira

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