Mercado Editorial de Livros

A temática em torno do mercado editorial de livros digitais ganhou espaço na manhã de hoje, na XI Bienal Internacional do Livro do Ceará, no Centro de Eventos do Ceará. Com a palestra “Panorama da indústria do livro na era Digital”, teve início o VI Fórum da Rede Nordeste do Livro, Leitura e o Fórum do Livro Leitura e Literatura que contou com a presença do editor e especialista em livros digitais Ednei Procópio, o fundador do site Publish News Carlo Carrenho e Flávio Martins, da Conhecimento Editora, mediando a conversa.
Mileide Flores, uma das coordenadoras do Fórum da Rede Nordeste do Livro e curadora da programação da XI Bienal, fez o discurso inicial e convidou ao palco os três convidados para o debate. Flávio Martins destacou a influência do livro digital no livro físico e a resistência da procura por livros de papel no mercado.
Ednei Procópio apresentou uma breve aula sobre o universo do livro digital. Segundo ele, existe uma diferença básica entre as duas modalidades de livro. “Com uma única página, em uma tela de smartphone, tablet, notebook, podem ser lidos todos os livros do mundo”, destacou, completando que o que deve ser discutido é a economia gerada por uma única página digital.
Sobre os desafios que o mercado enfrenta para sustentar a venda de livros digitais, Procópio afirmou que “o conteúdo (dos livros) é que vai fazer o mercado sobreviver. Eu acho que a gente está deixando o conteúdo de lado. Nós não temos conteúdo de qualidade para fazer o mercado brasileiro de livros digitais ser mais popular”.
Carlo Carrenho destacou a facilidade de acesso proporcionada pelo livro digital. Ele apresentou três tipos de acesso: geográfico (facilidade logística de receber o livro), econômico (os livros digitais tendem a ser mais baratos) e universal (facilidade de adequação dos livros digitais para pessoas com deficiência, por exemplo).
Sobre o fator econômico, Carrenho lançou o questionamento do valor dos livros digitais no Brasil. “Não faz sentido o livro físico ser mais barato que o livro digital. E é o que está acontecendo no Brasil em alguns casos”.
Carrenho também mostrou gráficos apresentando números referentes à alfabetização funcional e destacou que o número de analfabetos no Brasil diminuiu. No entanto, o cenário para o mercado editorial ainda precisa ser pensado e discutido. “Nós últimos 10 anos, o mercado editorial cresceu 7% e o PIB (Produto Interno Bruto) nacional, 43%. Por isso que eu acho que o livro digital é uma necessidade”, afirma Carrenho.
Benita Prieto na Bienal
A atriz, escritora e contadora de histórias Benita Prieto esteve no espaço Parque da Criança - Quintal de Histórias para contar a História do Fantasma Amarelo, do livro A Arte de Ler e Contar Histórias, de Malba Tahan. Com a sala 7 do Mezanino 1 lotada, crianças de 6 a 10 anos das escolas municipais Manuel Caetano do Distrito 5 e João Nogueira Jucá, ambas de Fortaleza, participaram da contação e ajudaram Benita a narrar a história. 
Entre risos e olhares atentos, Benita utilizou instrumentos musicais e as próprias cordas vocais para realizar os efeitos sonoros que complementaram a narrativa. Benita também é produtora cultural e especialista em Literatura Infantil e Juvenil.
A Bienal segue até domingo (14).


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