Velório de Márcio Thomaz Bastos

FRANCISCO CARLOS DE ASSIS, ELIZABETH LOPES E RICARDO CHAPOLA - O ESTADO DE S. PAULO

Autoridades e familiares participam de cerimônia; ex-ministro da Justiça no governo Lula morreu nesta manhã aos 79 anos


São Paulo - O corpo do advogado criminalista e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos é velado na Assembleia Legislativa de São Paulo. O ex-ministro morreu na manhã desta quinta-feira, 20, aos 79 anos em razão de complicações pulmonares.
Márcio Fernandes/Estadão
Corpo do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos é velado na Assembleia Legislativa de São Paulo
O corpo do ex-ministro chegou por volta das 15h. O caixão foi carregado por familiares e amigos, como o advogado Antonio Claudio Mariz. A mulher do ex-ministro, Maria Leonor de Castro Bastos, chegou às 15h30, ao lado da filha, Marcela Bastos. O corpo será cremado na manhã desta sexta-feira, 21, no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.
A presidente Dilma Rousseff e o vice presidente Michel Temer compareceram ao Assembleia. Dilma chegou às 16h, acompanhada dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Mais cedo, por meio de nota, a presidente afirmou que perdia "um grande amigo".
"Márcio foi um dos melhores argumentadores que já conheci como advogados de juri", afirmou o advogado Luiz Claudio Mariz de Oliveira, momentos antes da chegada do corpo do ex-ministro.
Dentre as muitas coroas de flores no local, está a enviada pela família do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu. José Dirceu e Bastos foram colegas de ministério, ocupando cargos na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Sentiremos muito a falta desta grande figura brasileira", lê-se no texto que acompanha a coroa de flores e que é assinada por Olga, José Dirceu e familiares. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também enviou uma coroa em homenagem a Bastos.
Trajetória. Thomaz Bastos foi ministro entre 2003 e 2007, nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também presidiu a OAB-SP entre os anos 1983 e 1985 e o Conselho Federal da OAB entre 1987 e 1989. Considerado um dos melhores criminalistas do país, ele é apontado ainda como o responsável por reestruturar o papel da Polícia Federal, com foco também em investigações sobre atos de improbidade administrativa e desvios de recursos públicos. O ex-ministro também foi o criador do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que tem atribuição de fiscalizar o Judiciário.
O advogado criminalista atuou ainda em julgamentos como o do processo do mensalão, na defesa de réus ligados ao Banco Rural, e na acusação dos envolvidos na morte do ativista ambiental Chico Mendes. Atualmente, Thomaz Bastos era o coordenador da defesa de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
O criminalista também destacou-se pela participação nos movimentos das Diretas Já e, ao lado de outros juristas, participou da redação da petição do impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.
MÁRCIO THOMAZ BASTOS MORRE EM SP
Claudine Petroli/Estadão - 31.01.1985
Márcio Thomaz Bastos formou-se em direito em 1958. Era considerado um dos principais criminalistas do País. Na foto, ele discursa em ato público dos advogados pela Assembleia Nacional Constituinte, em 1985

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