A convocação do empresário José Carlos Bumlai, na CPI do BNDES, está mantida para a próxima terça-feira (24). O pecuarista foi convocado pelo deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES)
Na reunião de ontem, o presidente da Comissão, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), indeferiu questão de ordem apresentada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP) contra a convocação do empresário José Carlos Bumlai pela comissão.
Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teria sido citado por delatores da Operação Lava Jato como tendo intermediado reuniões de Lula com empresários.
Para justificar a convocação do empresário, Vidigal defende que o BNDES contornou regras internas para favorecer o amigo do ex-presidente.
“Acredito que temos provas suficientes para convocar o Bumlai. O BNDES teria contornado uma norma interna para conceder crédito de R$ 101,5 milhões ao pecuarista, amigo do ex-presidente e que se tornou um dos alvos da Lava Jato”, explicou.
O empresário conseguiu o apoio do banco em julho de 2012, oito meses depois de um pedido de falência apresentado à Justiça em novembro de 2011 por um fornecedor que levara calote de R$ 523,2 mil. Porém, as normas do BNDES proíbem empréstimos a empresas nessas condições, para evitar que o banco dê crédito a quem não tem capacidade de pagar.
Recurso contra a aprovação
O empresário foi convocado pela CPI na semana passada por meio da aprovação de um requerimento. Porém, o petista Zarattini, os requerimentos foram aprovados depois que a Ordem do Dia do Plenário já tinha começado. O Regimento Interno da Câmara proíbe votações depois de iniciada a Ordem do Dia.
Ao indeferir a revogação da aprovação dos requerimentos, Rotta disse que a inclusão do requerimento de Arnaldo Jordy na pauta foi feita com a concordância do Plenário da comissão. “Em função da aprovação, todos os requerimentos relacionados ao mesmo assunto foram aprovados”, disse o presidente.
Zarattini disse que vai recorrer ao Plenário da Câmara contra a decisão do presidente da CPI. No dia da votação, o PT tentou esvaziar a reunião para evitar a convocação, sem sucesso. Na ocasião, Zarattini argumentou que a CPI já havia solicitado documentos sobre os empréstimos e que seria melhor analisá-los antes de convocar Bumlai.
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