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Dia Mundial do Meio Ambiente VII


Quinta-feira, 05 de junho de 2014
O TEMPO É DE MUDANÇA DE HÁBITOS

A água que usamos para acender a luz, para o banho, para beber, para cozinhar, a comida que colocamos no prato, as atividades industriais, viajar de avião ou andar de carro, são algumas das muitas atividades que dependem dos recursos naturais. A população mundial já ultrapassou a casa de 7 bilhões de pessoas e a expectativa é chegar aos 9 bilhões em 2043, o que colocará ainda mais pressão sobre os recursos do planeta.
Quantas terras vamos precisar consumir para viver conforme padrões médios atuais de cada continente? Qual a Pegada Ecológica de cada consumidor do mundo?
Sim, Pegada Ecológica, termo criado nos anos 1990 que significa uma situação na qual a soma do consumo de recursos naturais de uma pessoa é convertida em área. Pensar a Pegada é pensar sobre como estamos consumindo o estoque natural do planeta.  Esta deve ser uma das nossas reflexões para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2014.
Alerta! As evidências são alarmantes quanto às alterações que estão afetando os ecossistemas terrestres. A grande maioria está alterada de forma irreversível. O tempo é de Mudança Climática, por isso é um tempo que exige mudanças de hábitos.
ÁGUA
Para especialistas, a crise no abastecimento de água não se deve apenas ao calor recorde e ao menor índice de chuvas já registrado nos últimos 84 anos. Eles defendem que o desmatamento em bacias hidrográficas contribui para diminuir a quantidade e a qualidade das águas, tanto superficiais quanto subterrâneas. Um exemplo é o Sistema Cantareira, em São Paulo, ali restam apenas 30% de área com florestas preservadas e em apenas duas décadas, perdeu 70% de mata.
A cobertura vegetal aumenta a vida útil dos reservatórios, além de prolongar o tempo de abastecimento durante seca. Trazendo a questão para a dimensão local, devemos pensar na Caatinga, que já sofre por forças das características pluviométricas típica do bioma, imagine agora, com os impactos das mudanças climáticas.
POR ENQUANTO APENAS LAGOSTA BRONZEADA
Quem por aqui não conhece a Lagosta Bronzeada? Quase todos, afinal, a banda com nome inusitada, toca muito pelos inúmeros forrós da Cidade. Mas, quanto à Lagosta Certificada, poucos conhecem e quem contava degustar a iguaria com o prometido selo de produção de qualidade e sustentável, a partir da Copa da Fifa, não vai conseguir.  Assim como aquele rol de obras inacabadas listadas na Matriz de Responsabilidades do evento, o projeto para obtenção da Certificação Ambiental Internacional da Lagosta do Ceará para toda lagosta servida aos atletas, turistas e público local na Copa do Mundo de 2014, vai ficar pra depois.
A pedido do Governo do Estado, o Bureau Veritas  de certificação e avaliação de conformidade, há cerca de dois anos, fez uma pré-avaliação das condições de pesca da lagosta no Ceará e concluiu que a  situação não era das  mais animadoras.
O secretário adjunto Manoel Furtado, da Secretaria da Pesca e Aquicultura, disse à Coluna que o processo ainda está em andamento, só deverá ser concluído no final do ano. É complexo e caro, mas a eco certificação pode representar grande vantagem competitiva para a lagosta do Ceará. Resta-nos esperar.
DESIGUALDADE
Na minha percepção, tudo que estamos vivendo, atualmente, relacionado às questões de degradação ambiental, social, de segurança, de pobreza, de fome, de doenças, de acesso ao conhecimento e mais, é consequência da desigualdade e o pior, tem a ver com a falta de compromisso da nossa elite com o todo, talvez ela esteja muito mais compromissada com o acúmulo de capital e de poder.
Segundo o doutor em geografia humana, Jorge Luiz Barbosa, um dos fundadores do Observatório de Favelas, sem políticas públicas, um jovem da Rocinha levaria 100 anos para alcançar a escolaridade de um jovem de São Conrado. Pense... Nem de longe defendo um mundo marxista, mas tenho certeza, reduzindo a desigualdade podemos produzir um mundo melhor.
Estudo financiado pelo Goddard Space Flight Center, da Nasa, EUA, diz que a economia desempenha um papel bem relevante na questão da sustentabilidade e que a desigualdade entre as classes sociais pauta o fim de impérios, há mais de cinco mil anos. Quanto maior for a diferença entre ricos e pobres, maiores as chances de um desastre.
PMF MAIS VERDE
Ontem (4/6), a Avenida Tristão Gonçalves recebeu as primeiras mudas referentes ao Plano de Arborização de Fortaleza. A ação faz parte da programação da Semana do Meio Ambiente 2014, promovida pela Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente. E hoje pela manhã acontece, na Avenida Imperador, o segundo plantio. Foram plantadas nas vias, espécies nativas como ipês roxos.  Que bom! Áreas verdes são ferramentas de planejamento muito eficazes para construir resiliência natural e humana em centros urbanos, elas fornecem benefícios de curto prazo e tem um custo mais baixo do que as infraestruturas de concreto além de se manterem mais limpas, lindas e humanizadas. É simples, compare a Praça do Liceu com a Praça da Imprensa. Pense na diferença.
CADA GOL 1000 HECTARES
O biólogo da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), José Alves Siqueira e mais dois colegas, aproveitando a condição do tatu-bola de mascote da Copa, escreveram artigo científico publicado na revista americana Biotropica, desafiando o governo brasileiro a salvar mil hectares de Caatinga a cada gol feito na Copa por todas as seleções. Os pesquisadores desejam que a escolha do tatu “não seja apenas simbólica, mas sirva para preservar seu habitat”.
REFLEXÃO: “Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia”. Benjamin Franklin.

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