'Os Últimos Cangaceiros'

Dirigido por Wolney Oliveira, o premiado documentário “Os Últimos Cangaceiros” tem estreia marcada para amanhã (28) nos cinemas nacionais. O público cearense receberá uma sessão especial amanhã, às 19h30, seguida de debate com o diretor no Cinema do Dragão-Fundação Joaquim Nabuco, onde o longa-metragem ficará em cartaz pelas próximas semanas.

O filme conta a história de vida dos cangaceiros Durvinha e Moreno, que fizeram parte do bando de Lampião e Maria Bonita. A trama relata o banditismo do Cangaço que ocorreu no Nordeste brasileiro, mais intensamente no início do século XX. Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião, que foi o líder na história do cangaço brasileiro, é destaque ao ter sua jornada pelas terras nordestinas e a relação com a igreja e política reveladas.

O foco principal gira em torno do casal de cangaceiros Durvinha e Moreno, que na verdade se chamavam Antonio Ignácio da Silva e Durvalina Gomes de Sá. O documentário relata as histórias de suas vidas com muita emoção, a partir do momento em que eles se juntaram ao grupo de cangaceiros mais controverso da história, até o final de suas vidas.

Durante três meses, o casal percorreu 1.352 quilômetros, de Tacaratu, no interior de Pernambuco, até Augusto de Lima, em Minas Gerais, fugindo das autoridades que os caçavam. Ali constituíram família, mas não revelaram, sequer aos filhos, quem realmente eles eram, mantendo este segredo por mais de meio século.

“Os Últimos Cangaceiros é um filme sedutor em sua estética. Além das entrevistas e dos encontros dos velhinhos com filhos dispersados pelo mundo, usa material de arquivo com sabedoria.” O Estado de São Paulo 

“Através da revelação de um casal de ter integrado o banco de Lampião e Maria Bonita e apoiado por fato material de pesquisa, o cineasta Wolney Oliveira resgata, em Os Últimos Cangaceiros, um pedaço da memória do cangaço e o insere a história do País.” – Diário do Nordeste

“O carismático rei do Cangaço, que soube como ninguém se autopromover, adoraria saber que ainda desfruta da aura de pop star.” - Revista da Livraria Cultura 
“Com dois personagens assim, seria difícil algo dar errado, mas Wolney Oliveira trata o material de forma correta e faz um bom filme.” - Último Segundo -IG


SOBRE O DIRETOR
Nascido em Fortaleza, Ceará, Brasil, em junho de 1960. Graduado pela Escola Internacional de San Antonio de los Baños, EICTV, Cuba, com especialização em fotografia. Seus filmes têm recebido numerosos prêmios no Brasil e o exterior. Seu curta-metragem O invasor marciano foi o primeiro filme da EICTV a receber um prêmio internacional, entre muitos outros. A ideia original do curta deu origem também ao longa de ficção El cayo de la muerte (A ilha da morte).

FILMOGRAFIA
2011 Os Últimos Cangaceiros, documentário, 79’
2006 A Ilha da Morte, ficção, 88’
2004 Borracha para a Vitória, documentário, 55’
1999 Milagre em Juazeiro, docudrama, 83’
1994 Elementais, documentário, 18’
1993 As Barricadas Abriram Caminhos, documentário, 15’
1992 Sabor a mí, documentário, 29’
1990 Los Regalos de Don José, doc-ficção, 19’
1989 Un, dos, ficção, 13’
1988 El Invasor Marciano, documentário, 24’
1987 Sirio en Cuadro, documentário, 13’
1987 Gilberto y Yayá, documentário, 7’
1982 Un Día de Tito, documentário, 18’

SOBRE A DISTRIBUIDORA
Distribuidora presente no Brasil há 25 anos, a Imovision vem se consolidando como uma das maiores incentivadoras do melhor cinema, tendo lançado mais de 300 filmes no Brasil. A distribuidora tem em seu catálogo realizações de consagrados diretores internacionais e nacionais, e filmes premiados nos mais prestigiados festivais de cinema do mundo, como Cannes, Veneza, Toronto e Berlim. Mantendo seu foco em títulos de qualidade, a Imovision foi a responsável por introduzir no Brasil cinematografias raras e movimentos internacionais expressivos, como o Movimento Dogma 95 e o cinema iraniano.

FICHA TÉCNICA

Título original: Os Últimos Cangaceiros
Direção: Wolney Oliveira
Produção: Margarita Hernandéz
Fotografia: Eusélio Gadelha
Edição: Mair Tavares e Daniel Garcia
Gênero: Documentário
País: Brasil
Ano: 2011
COR
Duração: 79 minutos
Classificação: a definir
Elenco: Jovina Maria da Conceição, José Antonio Souto
Sinopse: Durante mais de meio século, Durvinha e Moreno esconderam sua verdadeira identidade até dos próprios filhos, que cresceram acreditando que os pais se chamavam Jovina Maria da Conceição e José Antonio Souto, nomes falsos sob os quais haviam reconstruído suas vidas. Durvinha e Moreno fizeram parte do bando de Lampião, o mais controverso líder do cangaço. A verdade só é revelada quando Moreno, então com 95 anos, resolveu dividir com os filhos o peso das lembranças e reencontrar parentes vivos, entre eles seu primeiro filho.


PRÊMIOS

-Melhor Longa-metragem Ibero-americano - Docs DF 2012-Festival Internacional de Documentários da Cidade do México. 2012
-3° Prêmio-Troféu Coral de Documentário - 33° Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano de Havana, Cuba, 2011.
-Melhor Documentário - Festival Internacional de Cine Santa Cruz-FENAVID, Bolívia, 2013. 
-Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular - 5° Festival de Cinema de Triunfo 2013, Brasil.
-Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular - RECine 2012-Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Brasil.
-Melhor Longa-metragem - RECine 2012-Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Brasil.
-Prêmio - Cibervoto - Portal de Fundação do Novo Cinema Latino-americano (FNCLA), 33° Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano de Havana, Cuba, 2011.
-Menção Especial do Júri - 8° Amazonas International Film Festival, Brasil, 2011.


CURIOSIDADES

• O diretor Wolney Oliveira percorreu diversos estados – Alagoas, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo – em busca do registro e da autenticidade dos fatos relatados no filme.

• Além de utilizar com conhecimento o acervo filmado por Benjamin Abrahão, também relembrado por Moreno e Durvinha, Wolney faz uso de cenas de filmes como O Cangaceiro (1951), de Lima Barreto, Memória do Cangaço (1964), de Paulo Gil Soares, Corisco e Dadá (1996), de Rosemberg Cariry, A Mulher no Cangaço (1974), de Hermano Penna; Baile Perfumado(1997), de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, além de imagens de época de várias cidades pelas quais os cangaceiros transitaram.

• Foi com o aparecimento do filho Inácio, que havia sido entregue pelos pais a um padre em Pernambuco, que a verdade sobre a vida e passado de Moreno e Durvinha vieram à tona.

• Os fatos relatados no filme se tornaram o livro “Moreno e Durvinha: sangue, amor e fuga no cangaço”, do historiador baiano João de Souza Lima.

• Considerado o último cangaceiro homem e um dos últimos integrantes do bando de Virgulino Ferreira (O Lampião), Moreno morreu aos 100 anos em 2010. Sua mulher, Durvinha, faleceu em 2008, aos 93 anos.

• A trilha sonora do filme foi produzida pelo DJ Dolores.  

• A Cangaceira Dulce, entrevistada no filme, está viva e com 92 anos.



Serviço:
“Os Últimos Cangaceiros” nos cinemas

Data: a partir de 28 de maio de 2015
Sessão especial em Fortaleza: 28 de maio, às 19h30, no Cinema do Dragão-Fundação Joaquim Nabuco, seguida de debate com o diretor.

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