José Serra é Aécio

O Brasil da era petista está vivendo hoje um milagre, um verdadeiro milagre, mas às avessas.   Estagnação econômica, investimentos para baixo, juros e déficit externo para cima, inflação alta, desindustrialização e avanço para trás na Educação
O atendimento à Saúde foi transformado numa peça publicitária, loteando e corrompendo a máquina e embaralhando as prioridades.
Vejam que número impressionante:  45% dos brasileiros consideram a Saúde hoje o principal problema do país. Muito mais do que qualquer outro.
Sabem de uma coisa?  Logo depois de terminarmos nossa gestão na Saúde, no governo FHC, 6% da população consideravam que a Saúde era o principal problema do Brasil.
 6% para 45%:  um verdadeiro salto na olimpíada do atraso 
Vamos convir: para chegarmos a isso tudo, produzir uma soma tão ruim de resultados, é preciso um governo que atue com uma incompetência metódica, determinada, convicta, com muito talento.
E esses resultados acompanham o descrédito cada vez maior da política e das instituições, com o partido do poder que usa o patrimônio público em seu benefício, como nunca antes aconteceu na história do Brasil contemporâneo. Aí está o exemplo da desmoralização da Petrobrás, que não nos deixa mentir.
O Brasil precisa mudar. É o que os brasileiros cada vez mais desejam: ver-se livres do governo do PT.
Se Deus quiser, o Brasil vai mudar com o PSDB e com aquelas forças que nos acompanham nesta caminhada.
Nós sabemos que eles já não sabem por que governam o Brasil, com que propósito. Nem sabem sequer por que pretendem ficar mais quatro anos. Não têm mais nenhum futuro a oferecer aos brasileiros. São a vanguarda do atraso.
E as ruas deixam cada vez mais claro que o Brasil quer uma mudança de rumo.
Pressinto que caminha para nossas mãos a responsabilidade de governar o Brasil. Nós já fizemos o país renascer para o mundo uma vez, no governo de Fernando Henrique, depois de 15 anos de superinflação. E é chegada a hora de pôr mãos à obra para, de novo, romper com essa era de mistificações e acanhamento.
Esse espírito de mudança, Aécio, que agora converge para a sua candidatura à Presidência, é, sim, o desdobramento de uma jornada já longa de resistência.
Não tem sido fácil fazer oposição no Brasil. Estamos a enfrentar uma máquina de propaganda como nunca houve antes na história deste país.
Nunca houve uso tão descarado do dinheiro público para alimentar falsidades, difamar adversários e fomentar uma indústria do achincalhamento e da demonização da divergência.  Ao longo de nossa jornada, enfrentamos dossiês, calúnias industriadas, profissionais contratados para produzir mentiras; ladrões da honra alheia, que só entendem a política como o terreno da destruição do outro.
O nosso partido, junto com outros parceiros que aqui estão, tem enfrentado duros embates. Mas, diferentemente dos nossos antagonistas, não fomos feitos para destruir os outros, para manchar reputações e degradar nem mesmo os adversários.
Acreditamos em valores que constroem o país. Acreditamos que, na democracia, a oposição é legítima; acreditamos que é preciso saber conviver com as diferenças e respeitá-las.
O PSDB nasceu com a vocação de servir ao Brasil, não de se servir do país para construir máquinas partidárias, aparelhar o Estado e destruir adversários.
Sempre disse e sustento agora: o governo do PT conjuga ideias boas e novas: as boas não são novas, e as novas não são boas.
O modelo petista de gestão da economia e da política caminha para a esclerose há já bastante tempo. Isso agora vem sendo percebido em sua plenitude.
O PT não aprendeu, como dizia Lincoln, que pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos durante todo o tempo.
Os brasileiros querem mais verdade. Os brasileiros querem mais tolerância, mais honestidade, competência. Estão cansados daqueles que só vendem esperanças e entregam frustrações.
Nós não podemos declinar da responsabilidade de comparecer unidos para esta batalha, que, acreditem, não é contra ninguém, mas é a favor do país.
O que queremos é um país que cresça, que gere empregos de qualidade, que gaste o dinheiro público com responsabilidade. Vamos ter claro. Nada vai se sustentar se a economia não crescer. Nada vai durar sob o domínio da estagflação.  E não há crescimento sem investimento. Não haverá progresso social sustentado se não houver indústria.
A inépcia petista para administrar o Brasil hoje é cada vez mais evidente.  Para eles todas as facilidades que o governo encontra pela frente, devem ser transformadas em dificuldades.  Onde há algo que funcione, uma condição favorável, a decisão é: complicar.
Mais ainda. Para eles, vai-se ao governo não para governar, mas para aprender, como se fosse um supletivo ou um curso de graduação.
Essa é a regra, Aécio, que você não segue e não seguirá. Você sempre teve a qualidade de juntar as melhores pessoas para os cargos-chave do seu governo, o que lhe permitiu ser reeleito, fazer seu sucessor e eleger-se senador.
Damos hoje aqui um passo importante rumo à vitória na eleição de outubro. Temos um encontro marcado com o Brasil. O PSDB chega unido para essa disputa.
Como digo há muito tempo, quanto mais mentiras eles disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles.
Olhem, temos pela frente uma batalha difícil.  Nos próximos meses, virá o jogo sujo dos adversários – eles dominam essa tecnologia como ninguém. E no próximo ano, vamos governar depois de receber a tremenda herança adversa do governo Dilma e da era petista.
Mas, como disse o grande escritor mineiro, Guimarães Rosa:
“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem“.
E isso não nos vai faltar!
Muda, Brasil

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