Sepse

Há três anos, o Brasil participa de uma ação global: O Dia Mundial da Sepse, que ocorre em 13 de Setembro. Em nosso país, a ação é organizada pelo ILAS – Instituto Latino Americano de Sepse. O objetivo é conscientizar a população sobre a síndrome, considerada por profissionais do mundo todo como um problema de saúde pública, já que mata mais do que o infarto e de alguns tipos de câncer (mama e intestino).

Para tal, foram panfletados material explicativo em 5 capitais, em 2012, e 11, em 2013. Esse ano, o objetivo é conceituar corretamente o que é Sepse e incorporar a nomenclatura no dia a dia da população, retriando do consciente coletivo que sepse é “Infecção generalizada”.

Para saber sobre o conhecimento da população em relação à sepse, ou como ainda é conhecida infecção generalizada ou falência múltipla dos órgãos, o ILAS encomendou uma pesquisa ao Instituto Datafolha. Os resultados já estão à disposição da imprensa.

Dados Gerais sobre a pesquisa:

Objetivos: Sepse associa-se a elevadas taxas de mortalidade no Brasil. O atraso na procura de assistência médica pelo público leigo em virtude do desconhecimento da síndrome pode levar à demora no tratamento, contribuindo para o aumento da mortalidade. A pesquisa avaliou o conhecimento do público brasileiro sobre sepse, comparando-o com o conhecimento do infarto agudo do miocárdio.

Metodologia –  Você sabe o que é Sepse? - Essa foi a primeira questão que a agência de pesquisa Datafolha fez a 2.126 pessoas, a partir de 16 anos, de todos os níveis econômicos em todas as regiões do país. Ao todo foram 134 municípios de pequeno, médio e de grande porte, em cidades da região metropolitana e interior.
 “A despeito da mortalidade por sepse no Brasil ser muito superior à do infarto do miocárdio, o conhecimento do público brasileiro sobre a síndrome é bastante restrito. Campanhas de esclarecimento envolvendo sociedades médicas e imprensa para o público geral devem ser realizadas para minimizar o problema, porque o reconhecimento precoce e a busca imediata de auxílio médico podem impactar e ajudar a diminuir a elevada mortalidade por sepse em nosso país”, diz o Dr. Reinado Salomão, presidente do ILAS.

Por que é importante a conscientização da população sobre essa temática?

Vamos a alguns dados sobre a sepse no mundo e no Brasil

1)          A cada segundo alguém morre de sepse no mundo
2)           A cada ano são registrados cerca de 30 milhões de novos casos no mundo. Destes, seis milhões são neonatais e dez milhões por sepse materna.
3)           A síndrome permanece como causa primária de morte por infecção, apesar dos avanços na medicina moderna que incluem novas vacinas, antibióticos e cuidados críticos nos hospitais, tendo taxas de mortalidade entre 30% e 60%, dependendo do país.
4)           Estudo revela que a mortalidade no Brasil por sepse grave pode chegar a 70%
5)           17% dos leitos de UTIs em nosso país são ocupados por pacientes com sepse grave
6)           Na última década, a taxa de incidência da síndrome em nosso país aumentou entre 8% e 13% em relação à década passada, sendo responsável por mais óbitos do que alguns tipos de câncer, como o de mama e o de intestino
7)           Nosso país tem uma das maiores mortalidades de sepse do mundo. Alguns estudos epidemiológicos mostraram que a mortalidade brasileira por sepse é maior do que a de países economicamente semelhante, como a Índia e a Argentina.
8)           Uma das razões é devido ao pouco conhecimento da população sobre a síndrome, o que faz com que os pacientes com sepse sejam admitidos para tratamento em fases mais avançadas, quando o risco de óbito é maior.
9)           Os profissionais de saúde de prontos-socorros, enfermarias ou UTIs também têm dificuldades no reconhecimento rápido da sepse e de suas disfunções orgânicas. Por isso, o diagnóstico de sepse é feito de forma atrasada e as horas iniciais, importantíssimas para o tratamento com antibioticoterapia e reposição volêmica, são perdidas.

Os dados já estão com o ILAS. Além de profissionais de saúde temos vários personagens para ilustrar a matéria, tanto pacientes que sobreviveram à sepse, como parentes de pacientes que foram a óbito.

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