O Produto Interno Bruto brasileiro acelerou a queda interanual na leitura do terceiro trimestre. As taxas passaram de -2%, nos primeiros três meses do ano, para -3% no segundo trimestre, e chegaram aos 4,5% negativos entre julho e setembro – sempre em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o recuo da atividade em relação ao trimestre anterior já é o mais significativo em quase vinte anos. A trajetória e a magnitude apuradas pelo IBGE revelam deterioração do desempenho de todos os setores, seja pela ponta da oferta, seja pela demanda, sob liderança da produção, mas também pelo encolhimento da agropecuária e do comércio de bens, serviços e turismo, setor com maior peso no indicador. Uma conjugação de inflação persistente, desequilíbrio fiscal e juros em elevação impactaram a confiança dos agentes econômicos e resultaram no aumento acelerado do desemprego, deixando a economia do país numa situação dissonante da maioria de seus pares. Entre os números em si, preocupa o tombo dos investimentos, de nada menos que 15% negativos, na relação com o terceiro trimestre do ano passado, o que diz muito sobre as perspectivas para o futuro. O agravamento do quadro sugere recessão mais prolongada que o previsto, o que precisa servir para acelerar medidas com vistas à retomada da credibilidade da Política Econômica, da confiança dos empresários em investir e do consumidor em comprar.
Adriana Menezes
Senac Rio de Janeiro
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