- O árbitro negro Joanilson Scarcella de Lima que foi chamado de 'macaco' por uma professora universitária no jogo Ceará 0x0 Juazeiro, pelo Campeonato Cearense Sub-15, anteontem (23), no estádio Franzé Moraes, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, entregou hoje (25) a súmula da partida.
- Ele relata que "aos vinte e nove minutos do primeiro tempo, saiu da torcida da equipe do Juazeiro a palavra 'macaco!'. Foi identificada a torcedora. Foi a mãe do atleta, Matheus Okuma Magalhães Muniz, número cinco da equipe do Juazeiro".
- No relato, o árbitro narra o caso de racismo: "Eu presenciei. Eu estava próximo a linha lateral da defesa da equipe do Juazeiro. O assistente Moyses Freitas também presenciou. Os jogadores da equipe do Ceará também informaram que escutaram a agressão verbal. No cado o racismo".
- Joanilson Scarcella destaca na súmula que "Logo em seguida outro torcedor da equipe do Juazeiro falou certa frase - 'Tem que comer é muita banana!'. Esse torcedor não foi identificado". O árbitro disse que "O primeiro tempo foi finalizado. No intervalo foi feita a providência para retirar a torcedora do local. O jogo só se reiniciava se a mesma deixasse o local da partida. Mas a mesma se recusou a se retirar. Às 16h50 a torcedora resolveu sair com a pressão dos seguranças que estavam no local. Não tinha como reiniciar a partida por falta de segurança com os árbitros e também estava escurecendo e o estádio não tinha iluminação. Foi suspendida a partida. Não foi reiniciado o segundo tempo. Foi chamada a Polícia. A mesma chegou às 17h16".
- O árbitro fez um Boletim de Ocorrência na Polícia de Itaitinga. A polícia abriu uma investigação.
- O presidente da Federação Cearense de Futebol (FCF), Mauro Carmélio, promete apurar o fato nesta segunda-feira para uma deliberação da FCF.
segunda-feira, julho 25
Racismo
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No último sábado, dia 23, eu e minha esposa fomos acompanhar mais um jogo do nosso filho, atleta do time do Juazeiro sub-15, que disputava uma partida com o Ceará, no CT do Ceará, em Itaitinga. Durante a partida, eu, minha esposa e muitos outros pais estavam torcendo pelos atletas em campo, em vários momentos ela e a torcida gritaram "Marca Okuma" (Okuma é sobrenome da minha esposa e como meu filho é chamado pelos colegas e pela torcida), fazendo referência ao nosso filho. No intervalo da partida, para nossa surpresa, soubemos que o Juiz acusou os torcedores da arquibancada e mais diretamente minha mulher de ter o chamado de "Macaco", fato que não ocorreu.
ResponderExcluirAinda no intervalo, representantes do Ceará mandaram minha esposa se retirar do local ameaçando não dar continuidade a partida. Muito constrangida pela situação criada pelo Juiz, ela não quis se retirar afirmando que estava sendo acusada de algo que não aconteceu, mas para não prejudicar o clube do Juazeiro, deixamos a arquibancada e ficamos na lateral do campo, a partida não continuou por outros motivos, segundo o Juiz. Saímos de lá e fomos à delegacia registrar um Boletim de Ocorrência acompanhados de várias pessoas que estavam no jogo e viram que nada do que foi falado aconteceu. Jamais praticamos qualquer ato parecido e somos totalmente contra qualquer tipo de racismo. A nossa família, inclusive, já está tomando as providências jurídicas cabíveis.
Vários pais de jogadores estavam presentes e torcendo na arquibancada, nenhum deles ouviu essa palavra "macaco", eles também se disponibilizaram a prestar qualquer esclarecimento sobre o assunto, assim como os dirigentes do time do Juazeiro que estavam no mesmo local que a gente.
Estamos tristes com toda essa situação, principalmente pela injúria e por terem envolvido o nome do nosso filho de apenas 14 anos. Este mal entendido, provocado pelo juiz, que em nenhum momento chegou a conversar com a gente, apenas acusou, será esclarecido e ele será responsabilizado por provocar esta situação.
Marcos Magalhães.
Fortaleza, 26 de julho de 2016