As Tecnologias de Interação e Comunicação na Prática Docente


"O homem cada vez mais busca ampliar os seus domínios e tem utilizado com muita frequência as inovações tecnológicas. Com isso, vem desenhando uma nova geografia entre pessoas e países com mais ou menos tecnologia, o que pode determinar um certo tipo de poder. Segundo Lyotard (1988 e 1993 apud KENSKI, 2007), o homem precisa se adaptar aos avanços tecnológicos para conseguir acompanhar as mudanças do mundo e que para a educação, esse é um duplo desafio: se adaptar e orientar o caminho para a apropriação crítica e domínio desses meios. 
A escola é um espaço de formação e está difícil planejar, pensar essas relações que ocorrem na comunidade escolar, sem estabelecer relação com as tecnologias. Em várias ações do cotidiano, já nos defrontamos com processos que se utilizam de tecnologia, em particular os informatizados. Falar sobre processos tecnológicos na escola, incluir a sua utilização no planejamento, não trata de uma forma de substituição dos modelos de ensino conhecidos, por mais que isso enfrente uma resistência por parte de alguns professores. Portanto, um dos desafios de hoje não é medir o quanto as tecnologias estão presentes em nosso dia a dia, mas saber adequá-las e se utilizar dos seus meios em favor do aprendizado. 
Essa possibilidade de adequação e utilização de tecnologias no ambiente escolar gera uma série de questões, dentre elas a atuação docente, que para desenvolver o seu trabalho necessita de novos conhecimentos. As tecnologias apresentam uma enorme capacidade de mudança, o que pode dificultar a sua apropriação. Por isso, é necessário que a educação as integre em seu cotidiano para tirar proveito dos seus inúmeros recursos, já que essa é uma realidade social que a cada dia é imposta ao homem contemporâneo como sendo essencial. 
A inserção das tecnologias nas escolas necessita estar pautada em uma lógica presente no currículo escolar. É preciso ser planejada, analisada, para que se possa trabalhar com um pensamento crítico, ampliando saberes, socializando experiências, desenvolvendo estudos, discutindo, para que se possa cada vez mais abrir caminhos para implantação de políticas públicas que evitem a superficialidade do conhecimento, abrindo novos caminhos para o processo de ensino-aprendizagem. 
Refletindo sobre essas ações mencionadas, é importante focar em um dos personagens principais que está envolvido nesse processo: o professor, pois ao empregar as tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, os docentes precisam, além de saber operar a máquina, saber o que fazer com os recursos nela existentes. É necessário pensar em como serão essas aulas, as ações que envolvem a prática docente, desde o planejamento, passando pela prática pedagógica e avaliação. É preciso saber o que fazer com os objetivos propostos para a sua disciplina, para que estes sejam alcançados. 
A compra de computadores para as escolas, tablets, smartphones e outros equipamentos tem sido priorizado em programas do governo, como podemos observar pelas propagandas televisivas, evidenciando esse fato como importante para a educação, assim também como programas educativos, mas é preciso cautela, pois todo esse aparato tecnológico, sem uma formação adequada às novas metodologias, acaba se tornando algo inútil e caro, pois equipamentos sozinhos não melhoram a qualidade das práticas educativas. E para que se tenha qualidade, o professor precisa estar preparado para promover a aprendizagem, o pensamento crítico, a autonomia e a criatividade do aluno. É preciso mediar essa relação homem-máquina.
Referências 
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informática. Campinas: Papirus, 2007 
Professora Lucíola Lima Caminha Pequeno. 
Docente do Curso de Pedagogia da UniAteneu. 
Pedagoga e especialista em Docência em Educação à Distância".

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