No Sesc Iracema

  • O Sesc Iracema vai receber o projeto #aflorestaqueanda.doc, desdobramento da pesquisa iniciada por Christiane Jatahy com ‘A Floresta que Anda’, montagem que estreou no Rio de Janeiro em outubro de 2015 e seguiu por uma extensa turnê pelo país.
  • O trabalho é um híbrido entre as fronteiras das artes visuais, cinema, documentário e performance.
  • O espetáculo tem patrocínio da Petrobras.
  • A empresa patrocina a Cia Vértice desde 2013 por meio da seleção pública de manutenção de companhias de teatro.
  • Desta vez, o espaço cênico funciona como uma galeria de arte, abrigando uma vídeo instalação, composta por quatro telas que exibirão histórias de pessoas jovens que tiveram a sua vida atravessada pelo atual sistema político e econômico brasileiro e também mundial.
  • Em um único dia, na próxima terça-feira (26), seis sessões gratuitas na sala 20 do Sesc Iracema vão exibir os vídeos em looping, enquanto outras imagens serão capturadas ao vivo e também serão editadas e projetadas nas telas.
  • A cada cidade por onde o projeto passar, a experiência será diferente, com novos vídeos, feitos no momento, com atores e não-atores.
  • ‘Serão atores que contam histórias reais de outras pessoas como se fossem suas, como também pessoas do público que poderão participar construindo conosco esses documentários ao vivo’, explica Jatahy.
  • Para isso, um set será montado no espaço, onde as entrevistas serão filmadas, com a mesma estética dos quatro vídeos iniciais do trabalho.
  • Assim como nos documentários da video-instalação, a temática das entrevistas será a mesma.
  • *********************
  • A estreia de ‘A Floresta que Anda’, Christiane Jatahy completou a bem-sucedida trilogia formada por ‘Julia’ (2011) e ‘E Se Elas Fossem Para Moscou?’ (2014). Juntos, os espetáculos renderam uma extensa turnê internacional – com passagens por 21 cidades na Europa e uma agenda cheia até o final de 2016 –, além de premiar duplamente Jatahy com o Shell de Melhor Direção. Após enveredar pela dramaturgia de Strindberg (‘Senhorita Julia’) e Tchekhov (‘As Três Irmãs’), a diretora escolheu o clássico ‘Macbeth’, de William Shakespeare, como ponto de partida para este novo projeto, que dá continuidade à pesquisa sobre as fronteiras entre teatro e cinema.
  • Jatahy usará ainda outros elementos caros ao seu processo de criação, como a direção ao vivo, a presença do público como elemento fundamental e a interação com a linguagem cinematográfica e seus suportes de projeção.
  • Os personagens dos vídeos
  • Prosper - refugiado do Congo que mora em São Paulo. Sua família foi assassinada e ele foi preso e torturado por dois anos pelo governo do Congo. Seu pai era de um movimento contrário ao governo. Não tinha nenhuma relação com política na época. Hoje ele pensa em como agir para mudar a situação do Congo.Tem 28 anos.
  • Michelle – moradora da Rocinha. Seu tio foi assassinado pela policia da UPP do Rio de Janeiro. Um caso ícone de disputa de poder dentro da favela e da ação de violência do Estado através da policia militar. Ela se tornou porta voz da família e representante de movimentos políticos. Tem 28 anos.
  • Igor – Estudante de geografia foi preso no Presídio de Segurança Máxima de Bangu no Rio de Janeiro por sete meses por participar e organizar as manifestações de 2013 contra o governo. Preso político em um país democrático, ele ainda responde por uma série de processos de cunho ideológico. Tem 27 anos.
  • Aboud - refugiado da Síria na Alemanha. Trabalhava na imprensa e foi preso e torturado por publicar em redes sociais denúncias de assassinatos e tortura de pessoas que se posicionavam contra o atual governo. Tem 26 anos.
  • Sobre Christiane Jatahy
  • Nos últimos 15 anos, Christiane Jatahy se dedicou à pesquisa de novas possibilidades cênicas. Espetáculos como ‘Carícias’ (2001) e ‘Leitor Por Horas’ (2006) já apresentavam novos pontos de vista ao espectador. O processo se intensificou com a trilogia formada por ‘Conjugado’ (2004), ‘A Falta que nos Move’ (2005) e ‘Corte Seco’ (2009). Nesta última, a diretora fazia intervenções ao vivo, a estrutura dramatúrgica mudava a cada noite e o vídeo começa a ser usado como parte fundamental da ação.
  • Em seguida, ‘A Falta que nos Move’ dá origem a um longa-metragem homônimo, filmado por treze horas consecutivas e sem interrupções. Os atores eram dirigidos sigilosamente por mensagem de texto e os cortes só foram feitos na edição. Além da versão editada que chegou aos cinemas, as treze horas de filmagem foram exibidas na íntegra – em três telas, uma com o conteúdo de cada câmera – em uma performance cinematográfica.
  • A fricção entre a linguagem teatral e a cinematográfica se estabelece como motor da nova trilogia, formada por ‘Julia’, ‘E Se Elas Fossem para Moscou?’ e ‘A Floresta que Anda’. Os três espetáculos tem textos clássicos como pano de fundo e trazem enfoques diversos de temas políticos e sociais do mundo contemporâneo.
  • #AFLORESTAQUEANDA.DOC
  • Dia 26/07, terça-feira. Sessões às 11, 12, 13, 14, 15 e 16 horas.
  • Sesc Iracema – Sala 20 - Entrada franca
  • Rua Boris, 90 C Praia de Iracema – Fortaleza fone: 85 3252.2215
  • Duração: 50 minutos
  • FICHA TÉCNICA
  • "A FLORESTA QUE ANDA", de Christiane Jatahy
  • Inspirado em Macbeth", de William Shakespeare
  • Criação, e direção ao vivo Christiane Jatahy
  • Direção de fotografia, iluminação e câmera: Paulo Camacho
  • Concepção cenário –Christiane Jatahy e Marcelo Lipiani
  • Consultoria de vídeo – Julio Parente
  • Operação de vídeo – Felipe Norkus
  • Fotos – Aline Macedo
  • Projeto Gráfico – Radiográfico
  • Midias Sociais – Rafael Medeiros
  • Assessoria de Imprensa – Factoria Comunicação
  • Gestão e Acompanhamento – Tatiana Garcias
  • Assistente de Produção RJ – Nathalia Atayde
  • Direção de produção e tour manager – Henrique Mariano
  • Co-produção: Le CENTQUATRE-PARIS, TEMPO_FESTIVAL, CENA CONTEMPORANEA e SESC
  • Patrocínio da Cia: Petrobras

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