Parados

Quase dois mil trabalhadores da construção pesada estão com suas atividades paralisadas por acúmulo de irregularidades dentro dos canteiros de obras no Ceará. 
Em Fortaleza, Consórcio QGGE – Queiroz Galvão e Galvão Engenharia, obra de construção do Viaduto da Avenida Antônio Sales com Avenida Engenheiro Santana Júnior, cerca de 200 trabalhadores estão com os braços cruzados desde o dia 29 de maio em busca de melhores condições dentro do canteiro de obras; descumprimento de Convenção Coletiva de Trabalho; não aceitaram a proposta de reajuste salarial oferecida pela entidade patronal que foi um reajuste de 11% e cesta básica de R$ 150,00. Os trabalhadores, cuja data base é 1º de abril, reivindicam um percentual de reajuste de 13% e não abrem mão de uma cesta básica no valor de R$ 250,00. Próxima assembleia nas sexta (seis).
Ainda em Fortaleza, 480 trabalhadores foram demitidos da obra do VLT executada pelo Consórcio CPE/VLT – Cosben, Passarelli e Engexata. O motivo da demissão foi a rescisão de contrato do consórcio com o Governo do Estado divulgado no Diário Oficial do Estado de 27 de maio de 2014. As empresas, porém, se comprometeram à pagar todas as verbas trabalhistas com data de três de junho, aplicando um reajuste salarial de 11%, cesta básica de R$ 150,00, aviso prévio indenizado e todas as rescisões serão homologadas no sindicato para garantir o direito de ressalvar qualquer perca que os trabalhadores possam ter em relação aos dias paralisados que é desde o dia oito de maio.

Região Metropolitana – São Gonçalo do Amarante (CE), Consórcio Marquise/Ivaí/Queiroz Galvão – Obra de ampliação do Porto do Pecém, onde cerca de 230 trabalhadores cruzaram os braços no dia 21 de maio em busca de melhorias salariais, plano de saúde, reajuste de salário e de cesta básica e fechamento de ACT – Acordo Coletivo de Trabalho. Uma próxima assembleia está marcada para amanhã, na Pedreira Potiguar e também no Porto do Pecém. Até o momento, as empresas responsáveis pela obra não se pronunciaram em relação à paralisação.

Região do Cariri – Barbalha (CE), Consórcio Águas do Cariri – Marquise/EIT – cerca de 280 trabalhadores paralisados desde sete de maio. Próxima assembleia está marcada para nove de junho;
Brejo Santo, Consórcio Águas do Ceará – Passarelli/ Serveng/PB – cerca de 200 trabalhadores cruzaram os braços em cinco de maio e uma próxima assembleia está agendada para seis de junho.
Mauriti, Queiroz Galvão – Obra da Transposição do Rio São Francisco – cerca de 400 trabalhadores estão paralisados desde 20 de maio e uma próxima assembleia está agendada para o dia cinco de junho.
O corpo jurídico do SINTEPAV-CE juntamente com as equipes de fiscalização esteve em assembleias com os trabalhadores, visitaram os canteiros de obras e constataram as inúmeras irregularidades apontadas pelos trabalhadores. 
As principais denúncias feitas pelos trabalhadores são:
- Tratamento diferenciado numa mesma obra – empresas aplicam o reajuste de 13% e cesta básica de R$ 250,00 e empresas aplicam reajuste de 11% e cesta básica de R$ 150,00, causando revolta entre os trabalhadores;
- Os trabalhadores que se recusam à participar do movimento de greve recebem seus salários, enquanto os trabalhadores que decidem lutar por melhores condições ficam sem receber salários;
- Fortes denúncias de que existem policiais civis e militares dentro dos canteiros de obras servindo de segurança para as empresas e fazendo ameaças aos trabalhadores de demissão usando fotografias e filmagens;
- Pessoas infiltradas dentro das obras incitando à violência;

Os trabalhadores reivindicam:
- Isonomia funcional e salarial;
- Reajuste unificado de 13% para todos os trabalhadores;
- Pagamento unificado de R$ 250,00 para a cesta básica;
- Pagamento de horas in tineris;
- Implantação de medidas de segurança e medicina do trabalho;
- Área de Vivência;
- Alimentação;
Denunciam:
- Assédio moral por parte dos encarregados e gestores;
- Coação para que não sejam descontadas as taxas sindicais.
O SINTEPAV-CE está preparando ofícios para serem enviados aos órgãos envolvidos, afim de que as condições de trabalho das obras de responsabilidade dos governos do Estado e Federal sejam ajustadas, evitando assim, a continuidade das paralisações e de novos movimentos em outras obras também.
(Assessoria de Imprensa)

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