Na Arena Castelão

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Como já era esperado, a Copa do Mundo reúne turistas de diversos lugares do mundo no Ceará, transformando o estado em um verdadeiro polo multi cultural. O resultado pode ser visto por milhares de turistas nas arquibancadas da Arena Castelão onde diversas culturas se misturam e se expressam na alegria contagiante das torcidas. Durante a partida entre Alemanha x Gana não foi diferente, as cores das bandeiras tricolores enfeitaram o estádio cearense que também deu espaço para itens típicos da cultura nordestina, como o chapéu de couro e trajes do velho cangaço.

Mas como todo nordestino arretado já sabe, nossa cultura vai longe e deixa marcas por onde passa. Além das  arquibancadas, foi na sala de coletiva do estádio que um cearense de Alto Santo, município com 20 mil habitantes, há 246 km de Fortaleza, ganhou destaque pela divulgação da cultura nordestina. Braulio Bessa, 28 anos, foi convidado pela FIFA para fazer a entrega do prêmio de melhor jogador da partida, cerimônia feita sempre após os jogos do torneio. O convite veio através da página Nação Nordestina, responsável por divulgar para todo o mundo as peculiaridades da cultura do Nordeste. A fan page hoje reúne mais de 1 milhão de fãs e tem alcança de 15 a 20 milhões de pessoas por mês.

“Eu havia sido convidado por um dos patrocinadores do torneio para assistir a partida Brasil x México e foi uma alegria só. Não bastasse isso, a FIFA me convidou para este momento e mais uma vez pude propagar a riqueza da nossa cultura. Quando eles disseram – nada mais justo do que prestigiar um cearense para a entrega do prêmio para o melhor jogador da partida -  eu fiquei grato demais”, afirmou o analista de sistemas.

O Cangaceiro na era Digital como é conhecido Brasil a fora, não entregou só o prêmio da FIFA para Mario Götze, da Seleção Alemã. O melhor jogador da partida levou na mala também a camisa do time de futebol amador: Alto Santo Esporte Clube. “Ele foi super simpático e recebeu o presente com muita alegria”, apontou o cearense.

Cangaceiro na era digital

O trabalho de divulgação da cultura nordestina nas redes sociais começou há mais de dois ano através do Facebook. A Nação Nordestina já reúne mais de 1 milhão de fãs e tem alcança de 15 a 20 milhões de pessoas por mês.  A ideia surgiu em 2011 motivada para combater atitudes preconceituosas contra os nordestinos nas redes sociais. “Eu percebi a necessidade de mostrar para o povo o que o Nordeste tem de bom. Nossa hospitalidade, nossa cultura, culinária e combater o preconceito de uma maneira alegre e positiva, características comuns do nosso povo”, afirma o cearense.

O trabalho repercutiu tanto que Braulio Bessa ficou conhecido com o maior defensor da cultura do nordeste e viaja para contar seu exemplo em palestras e feiras com o título “A cabeça chata, a palestra não”.

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