Futebol alencarino em destaque

Grandes públicos. Participações históricas. Acesso amplo e representação invejável. Nos últimos anos, o futebol cearense tem conquistado cada vez mais espaço no cenário esportivo nacional. Externo e internamente. Dentro e fora de campo. Passos importantes que contribuem para a expansão e consolidação do esporte bretão praticado em terras alencarinas.

Para uma praça de Copa do Mundo, público de mundiais. Nas últimas edições de competições disputadas por Ceará e Fortaleza, maiores forças do futebol cearense, recordes de público provaram o amor de ambas as torcidas. Finais de Estaduais, Copa do Nordeste e jogos importantes do Campeonato Brasileiro conseguiram reunir 40, 50 e até mais de 60 mil torcedores na Arena Castelão. Ouvir que o público do “gigante da Boa Vista” foi o maior do Brasil na rodada já não é mais novidade.

Grandes públicos são sinais de grandes jogos. E isto não faltou no Estado nos últimos anos. Sem mencionar os embates mais importantes de Vovô e Leão entre 2012 e 2014, temos ainda os confrontos do Horizonte na Copa do Brasil, diante de Palmeiras e Fluminense, sendo a partida contra os cariocas histórica, já que o Galo do Tabuleiro vencia seu primeiro grande adversário a uma semana de completar 10 anos.

Entre esses duelos também se pode incluir a primeira participação do Barbalha na Copa do Brasil. O adversário não foi dos mais tradicionais no futebol (o Cuiabá), mas o fato da equipe chegar ao patamar nacional em pouco tempo de existência e quando ainda disputava a terceira divisão do futebol cearense são pormenores que realçam a participação da equipe caririense na competição mais democrática do país, fruto da conquista, em 2013, da competição mais democrática do Estado, a Taça Fares Lopes.

Retornos

As últimas duas temporadas foram marcadas pelo ressurgimento de clubes cearenses que lutavam há muito tempo para voltar à elite do Estadual ou andavam sumidos do futebol cearense.

É o caso do Maranguape, por exemplo, que estava afastado da divisão principal do Campeonato Cearense há quatro anos e retornou após conquistar o vice-campeonato da Série B Cearense de 2014.

O mais marcante dos “ressurgimentos”, entretanto foi o do América. O “Mequinha”, como é chamado carinhosamente pela torcida cearense, faturou o título da Série C Cearense de 2013 e foi manchete nacional. Isso porque o jejum de títulos do tradicional clube já durava 47 anos.

Outro clube que tomou o caminho de retorno aos bons tempos também foi o Uniclinic. O time da Precabura, que chegou a ser colocado a venda, se reestruturou, inclusive com reforma de estádio, e sagrou-se campeão da Série C Cearense em 2014. Vice-campeão da mesma competição, o Itapajé também pode ser relacionado entre os clubes que reapareceram. Após dois anos sem disputar competições cearenses, o Galo reorganizou uma equipe e de cara conseguiu trocar de divisão.

Futebol de base

Os campeonatos de base da Federação Cearense de Futebol crescem ano a ano. Em número de participantes, gols e nível técnico. Talvez por isso as duas maiores equipes do Estado (e que fazem os maiores investimentos em categorias de base) vêm abocanhando as competições cearenses nas últimas duas temporadas.

O Fortaleza é o bicho-papão do biênio 2013-2014. Em oito campeonatos de base disputados faturou cinco, com direito a Bi-campeonato pelo Sub-20 e Sub-15. O Ceará ganhou um Sub17 e um Sub13, enquanto o Uniclinic levou um Sub13.

Entretanto, um dos grandes avanços da base cearense está no campo da divulgação. Com a criação da FCF TV, a Web TV da Federação Cearense de Futebol, vários jogos de certames de base foram transmitidos ao vivo para toda parte do mundo via internet. Todas as finais são cobertas ao vivo e os jogos ficam a disposição dos jogadores, comissões técnicas e diretoria dos clubes.

Há ainda outra conquista para a base cearense. Na reunião que definiu a fórmula de disputa do Campeonato Cearense de 2015, o presidente Mauro Carmélio prometeu buscar uma terceira vaga para a Copa São Paulo Juniors, torneio de grande destaque. A conquista da vaga seria via Cearense Sub-20.

Futebol feminino

Não é novidade para ninguém que o Estado do Ceará tem uma das dez melhores equipes de futebol feminino do Brasil, o Caucaia (segundo ranking da CBF). A equipe da Região Metropolitana de Fortaleza é a grande vencedora entre as equipes femininas cearenses e única representante local nas competições nacionais.

A hegemonia do Caucaia foi quebrada em 2014, quando o Juventus sagrou-se Campeão Cearense Feminino. Para o futebol alencarino o resultado pode ser considerado positivo, já que agora serão dois representantes cearenses em competições nacionais: o Caucaia pelo Brasileiro Feminino (via ranking) e o Juventus pela Copa do Brasil de Futebol Feminino (via Estadual).

Prestígio nacional

Acompanhando o fortalecimento das equipes cearenses e do futebol alencarino em modo geral, a Federação Cearense de Futebol também vem ganhando notoriedade no cenário esportivo brasileiro, na pessoa do presidente Mauro Carmélio.

Nos últimos dois anos, muitas foram as vezes que Mauro Carmélio esteve como representante da CBF em viagens internacionais e grandes eventos. Nos períodos pré Copa das Confederações e pré Copa do Mundo, foi chefe de delegação da Seleção Brasileira duas vezes. Nomeado por José Maria Marin como Chanceler do COL para a sede de Fortaleza, ficou responsável também por atender outros presidentes de federações nos 30 dias de Mundial.

Em 2014 viajou ao Qatar com Alexandre Gallo e a Seleção Brasileira Sub-20. E atualmente está no Chile com a Seleção Brasileira Sub-17.

O prestígio de Mauro Carmélio na maior entidade do futebol brasileiro rendeu à FCF mais três datas para a realização do campeonato estadual, indo na contramão do calendário nacional do futebol. Sem falar na terceira vaga cearense para a Copa do Brasil, conquistada em seu primeiro mandato.

O contato dos clubes cearenses com a CBF ficou mais fácil com o passe livre do presidente da FCF na entidade. Atualmente, as equipes cearenses que disputam competições nacionais sempre buscam a Federação para mudanças em jogos, antecipação de cotas e negociações administrativas.

Com tudo isso, a função da FCF fica cada vez mais fácil de ser realizada e os clubes cearenses só têm a ganhar e crescer no âmbito nacional.

Manuella Viana / Brenno Rebouças
Assessoria de Comunicação da Federação Cearense de Futebol

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